Polícia: livros raros roubados foram encomendados do exterior
Publicações foram levadas do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo; Polícia suspeita que mandante está no exterior
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2012 às 16h11.
São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo está investigando o roubo de três coleções de livros raros sobre a flora brasileira, que foram levados do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, na zona sul da cidade. A ação foi praticada por três homens e a suspeita é que as obras tenham sido encomendadas por alguém de fora do país. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso já foi comunicado à Polícia Federal.
Para a diretora do instituto, Vera Bononi, os criminosos sabiam do valor do produto roubado. De acordo com ela, é praticamente impossível avaliar financeiramente as obras diante do teor do conhecimento científico contido no material.
Entre os itens, estão dois volumes da coletânea sobre as palmeiras da mata nativa do Brasil, escritos em 1903 pelo botânico brasileiro João Barbosa Rodrigues. Editado em Bruxelas, na Bélgica, a publicação, em latim, tem como título Sertum Palmarum Brasiliensim.
Além desses livros, foram roubados 11 volumes da obra Flora Fluminense, de 1827, de autoria do frei Velloso, onde o autor descreve toda a riqueza existente naquela época no trecho da Mata Atlântica do Rio de Janeiro e de localidades próximas. Os ladrões também levaram dois volumes do título em francês Les Bambusées, do pesquisador francês Edmond Gustave Camus. Nele, o autor retrata os diversos tipos de bambus no país.
Além da importância histórica, “são as únicas fontes de informação sobre determinadas espécies da nossa biodiversidade daquela época”, lamentou Emerson Alves da Silva, pesquisador científico em botânica do instituto. Ele disse ser comum, em séculos passados, a presença de estudiosos estrangeiros no Brasil, muitos deles da França, interessados na flora brasileira.
Segundo ele, a busca desse conhecimento, muitas vezes, tinha um propósito que era o “da exploração do ponto de vista econômico”. Como exemplo, Emerson lembrou a importância do pau-brasil no período colonial e observou ainda que, junto com os relatos das descobertas, essas publicações trazem farta ilustração com a reprodução fiel do formato dessas espécies.
Agora, os policiais vão analisar as imagens das câmeras do circuito interno do prédio do instituto para tentar identificar os criminosos. Um dos integrantes entrou sozinho na biblioteca, solicitou um livro sobre orquídeas e, em seguida, um comparsa chegou ao local anunciando o assalto. Depois de render os funcionários, eles determinaram a abertura da sala onde os livros ficavam trancados.
São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo está investigando o roubo de três coleções de livros raros sobre a flora brasileira, que foram levados do Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, na zona sul da cidade. A ação foi praticada por três homens e a suspeita é que as obras tenham sido encomendadas por alguém de fora do país. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o caso já foi comunicado à Polícia Federal.
Para a diretora do instituto, Vera Bononi, os criminosos sabiam do valor do produto roubado. De acordo com ela, é praticamente impossível avaliar financeiramente as obras diante do teor do conhecimento científico contido no material.
Entre os itens, estão dois volumes da coletânea sobre as palmeiras da mata nativa do Brasil, escritos em 1903 pelo botânico brasileiro João Barbosa Rodrigues. Editado em Bruxelas, na Bélgica, a publicação, em latim, tem como título Sertum Palmarum Brasiliensim.
Além desses livros, foram roubados 11 volumes da obra Flora Fluminense, de 1827, de autoria do frei Velloso, onde o autor descreve toda a riqueza existente naquela época no trecho da Mata Atlântica do Rio de Janeiro e de localidades próximas. Os ladrões também levaram dois volumes do título em francês Les Bambusées, do pesquisador francês Edmond Gustave Camus. Nele, o autor retrata os diversos tipos de bambus no país.
Além da importância histórica, “são as únicas fontes de informação sobre determinadas espécies da nossa biodiversidade daquela época”, lamentou Emerson Alves da Silva, pesquisador científico em botânica do instituto. Ele disse ser comum, em séculos passados, a presença de estudiosos estrangeiros no Brasil, muitos deles da França, interessados na flora brasileira.
Segundo ele, a busca desse conhecimento, muitas vezes, tinha um propósito que era o “da exploração do ponto de vista econômico”. Como exemplo, Emerson lembrou a importância do pau-brasil no período colonial e observou ainda que, junto com os relatos das descobertas, essas publicações trazem farta ilustração com a reprodução fiel do formato dessas espécies.
Agora, os policiais vão analisar as imagens das câmeras do circuito interno do prédio do instituto para tentar identificar os criminosos. Um dos integrantes entrou sozinho na biblioteca, solicitou um livro sobre orquídeas e, em seguida, um comparsa chegou ao local anunciando o assalto. Depois de render os funcionários, eles determinaram a abertura da sala onde os livros ficavam trancados.