PM de Goiás afasta policial acusado de agredir estudante em ato
A decisão foi tomada após agressão ao estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, em manifestação na última sexta-feira
Agência Brasil
Publicado em 1 de maio de 2017 às 12h29.
A Polícia Militar (PM) de Goiás afastou das ruas o capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente, em Goiânia.
A decisão foi tomada após agressão ao estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, em manifestação na última sexta-feira (28). O estudante está internado em estado grave, em Goiânia.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves de Oliveira, o capitão continua exercendo funções administrativas.
"Não temos outro tipo de medida que prevê o afastamento total de função", disse. O comandante acrescentou que o inquérito aberto para investigar o caso dura 30 dias e pode ser prorrogado por mais 15 dias.
Oliveira acrescentou que o inquérito foi aberto após a divulgação de imagens na internet que mostram a agressão ao estudante.
Em um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais, foi registrado o exato momento em que Silva foi atingido pelo policial com um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando o policial o atinge na cabeça, carregando o cassetete com as duas mãos.
O universitário sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado na manhã de hoje (1º), Mateus está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.
Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.
Imagens falsas
Segundo o comandante-geral da PM, circula nas redes sociais uma foto sua como sendo o autor da agressão. De acordo com Oliveira, a agressão foi associada ao seu nome, erroneamente.