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72% dos brasileiros estão insatisfeitos com a Copa do Mundo

Esudo do Centro de Pesquisa Pew, às vésperas do evento, também mostra frustração generalizada com a economia e a presidente Dilma Rousseff

ONG realiza protesto contra a Copa em frente ao Congresso Nacional, nesta terça (REUTERS/Joedson Alves)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 15h19.

São Paulo - Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pintou um quadro sombrio do Brasil às vésperas da realização da Copa do Mundo , mostrando uma frustração generalizada com a economia e a presidente Dilma Rousseff .

O nível de insatisfação geral no país é de 72 por cento, de acordo com o estudo do Centro de Pesquisa Pew, com sede em Washington. Pouco antes das manifestações de junho do ano passado, as maiores em duas décadas, um levantamento da mesma instituição mostrou esse patamar em 55 por cento.

De seis a cada 10 entrevistados disseram que sediar a Copa, que começa em 12 de junho, é ruim para o Brasil, defendendo que os bilhões de dólares investidos no torneio seriam mais bem gastos em serviços como saúde, educação e transporte público.

Os resultados confirmam os de outros estudos recentes de institutos de pesquisa brasileiros, que também revelaram que o apoio à Copa sofreu uma queda nos dois últimos anos à medida que o governo falhou na entrega de obras de mobilidade, aeroportos e muitos outros investimentos prometidos que poderiam ter gerado benefícios de longo prazo.

Na pesquisa do Pew, os entrevistados foram menos pessimistas sobre como a Copa será vista no exterior – 39 por cento disseram que irá prejudicar a imagem do Brasil, enquanto que 35 por cento consideraram que o Mundial, que começa dia 12, irá ajudar.

O Pew descobriu que os brasileiros estão particularmente preocupados com a economia do país, que desacelerou fortemente nos últimos três anos depois de uma década de crescimento. Dois terços dizem que a economia está ruim e só 32 por cento acreditam que as coisas vão bem.

É uma reviravolta em relação a um ano atrás, quando 59 por cento pensavam que o país estava em boa situação econômica. As esperanças de que a Copa do Mundo ensejasse o mais que necessário impulso também regrediram: dados divulgados na sexta-feira mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) mal cresceu no primeiro trimestre.

A inflação, vilão de longa data no país, é considerada o maior problema econômico, revelou o levantamento, o que pode ser uma má notícia para Dilma e a sua tentativa de se reeleger em outubro. Violência, saúde e corrupção encabeçaram a lista de preocupações não-relacionadas à economia.

Um total de 48 por cento dos brasileiros disseram acreditar que Dilma está exercendo uma “boa influência” no país e 52 por cento descreveram a sua influência como “ruim”.

Seus índices foram especialmente ruins em relação ao enfrentamento da corrupção e do crime, embora tenham ficado ligeiramente melhores entre pessoas de baixa renda, sua base política.

Ainda assim, 51 por cento dos entrevistados disseram ter uma visão favorável de Dilma, cifra bem mais alta que o resultado de seus dois rivais mais prováveis na eleição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Só 27 por cento têm uma visão favorável de Aécio, e 24 por cento de Campos.

A pesquisa do Pew se baseou em 1.003 entrevistas feitas com adultos de 18 anos ou mais entre 10 e 30 de abril em todo o país e tem margem de erro de 3,8 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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São Paulo - Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pintou um quadro sombrio do Brasil às vésperas da realização da Copa do Mundo , mostrando uma frustração generalizada com a economia e a presidente Dilma Rousseff .

O nível de insatisfação geral no país é de 72 por cento, de acordo com o estudo do Centro de Pesquisa Pew, com sede em Washington. Pouco antes das manifestações de junho do ano passado, as maiores em duas décadas, um levantamento da mesma instituição mostrou esse patamar em 55 por cento.

De seis a cada 10 entrevistados disseram que sediar a Copa, que começa em 12 de junho, é ruim para o Brasil, defendendo que os bilhões de dólares investidos no torneio seriam mais bem gastos em serviços como saúde, educação e transporte público.

Os resultados confirmam os de outros estudos recentes de institutos de pesquisa brasileiros, que também revelaram que o apoio à Copa sofreu uma queda nos dois últimos anos à medida que o governo falhou na entrega de obras de mobilidade, aeroportos e muitos outros investimentos prometidos que poderiam ter gerado benefícios de longo prazo.

Na pesquisa do Pew, os entrevistados foram menos pessimistas sobre como a Copa será vista no exterior – 39 por cento disseram que irá prejudicar a imagem do Brasil, enquanto que 35 por cento consideraram que o Mundial, que começa dia 12, irá ajudar.

O Pew descobriu que os brasileiros estão particularmente preocupados com a economia do país, que desacelerou fortemente nos últimos três anos depois de uma década de crescimento. Dois terços dizem que a economia está ruim e só 32 por cento acreditam que as coisas vão bem.

É uma reviravolta em relação a um ano atrás, quando 59 por cento pensavam que o país estava em boa situação econômica. As esperanças de que a Copa do Mundo ensejasse o mais que necessário impulso também regrediram: dados divulgados na sexta-feira mostraram que o Produto Interno Bruto (PIB) mal cresceu no primeiro trimestre.

A inflação, vilão de longa data no país, é considerada o maior problema econômico, revelou o levantamento, o que pode ser uma má notícia para Dilma e a sua tentativa de se reeleger em outubro. Violência, saúde e corrupção encabeçaram a lista de preocupações não-relacionadas à economia.

Um total de 48 por cento dos brasileiros disseram acreditar que Dilma está exercendo uma “boa influência” no país e 52 por cento descreveram a sua influência como “ruim”.

Seus índices foram especialmente ruins em relação ao enfrentamento da corrupção e do crime, embora tenham ficado ligeiramente melhores entre pessoas de baixa renda, sua base política.

Ainda assim, 51 por cento dos entrevistados disseram ter uma visão favorável de Dilma, cifra bem mais alta que o resultado de seus dois rivais mais prováveis na eleição, Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Só 27 por cento têm uma visão favorável de Aécio, e 24 por cento de Campos.

A pesquisa do Pew se baseou em 1.003 entrevistas feitas com adultos de 18 anos ou mais entre 10 e 30 de abril em todo o país e tem margem de erro de 3,8 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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