Para Marinho, condução da Lava Jato vai contra constituição
Em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Marinho diz que está preocupado é com os rumos da economia do País
Da Redação
Publicado em 10 de julho de 2015 às 12h44.
São Paulo - Num momento de acirramento da crise no País, em que lideranças do PSDB estão apostando que a presidente Dilma não chegará ao fim de seu mandato, um dos mais próximos interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho ( PT ), não dá crédito ao que ele chama de "arroto" tucano.
Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Marinho diz que está preocupado é com os rumos da economia do País.
E mais preocupado ainda com a condução da Operação Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro. Para ele, o risco de quebra das empreiteiras investigadas "é de uma irresponsabilidade econômica ímpar".
Marinho diz que Moro está atropelando as normas jurídicas, rasgando a Constituição e colocando de joelhos as instâncias superiores na condução da operação.
"É uma opinião de leigo, evidentemente, apesar de eu ser bacharel (em Direito), não estudei os processos, mas como cidadão eu vejo de forma espantosa como um juiz de primeira instância possa colocar de joelhos as instâncias superiores da forma como tem feito. Parece até encomenda e é preciso que as instâncias superiores assumam a responsabilidade por este processo. É um absurdo que delatores A, B ou C acusem alguém sob tortura."
O prefeito diz que, de acordo com informações de bastidor, "está havendo tortura (na prisão em Curitiba, onde estão os detentos dessa operação) não só psicológica".
E nessas condições, diz ele, os delatores têm o direito de mentir. "Sugiro que os senadores (da oposição que foram à Venezuela para tentar visitar os presos políticos do regime de Nicolás Maduro) façam uma comissão e, em vez de ir à Venezuela, vejam o que está acontecendo em Curitiba, que é muito mais perto. Estou muito mais preocupado com o que pode acontecer com as empresas investigadas nessa operação do que com o arroto do PSDB."
Marinho reiterou que confia na solidez das instituições do País, como o TSE e o STF, portanto, não acredita que Dilma seja tirada do Palácio do Planalto antes do final de seu mandato.
Além disso, diz que o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, candidato derrotado pela petista nas eleições presidenciais de outubro passado, não é juiz, não tem provas de nada e, em vez de tentar o caminho da Justiça, deveria era tentar convencer a população nas urnas.
E ironizou: "As urnas deram a derrota a Aécio, ele que se prepare e volte em 2018. O que ele tem que saber é se vai conseguir ser o candidato de seu partido, porque me parece que o escalado para 2018 não é ele."
Já com os desdobramentos da Operação Lava Jato, principalmente no impacto econômico, o petista diz que o cenário é preocupante. "Não é possível você punir eventuais corruptos e destruir as empresas, é preciso separar uma coisa da outra."
Dilma
Na entrevista, concedida no gabinete do prefeito, na tarde de terça-feira, dia 7, após ele almoçar com o ex-presidente Lula em seu instituto, Marinho voltou a cobrar uma ação mais proativa da presidente Dilma, para contornar a crise que atinge sua administração.
Disse que ela precisa sair de seu gabinete, a exemplo do que Lula fez na crise de 2005, ir para a linha de frente, colocar um capacete de engenheiro e fiscalizar as obras que sua gestão está fazendo em cidades de todo o Brasil.
"Este é o meu clamor, do presidente Lula e de todos os dirigentes de nosso partido. Só depois disso é que Lula poderá rodar também o País, ajudando o governo."
Marinho diz que o que se espera de Dilma é que ela inicie uma agenda diferente da que vinha fazendo e passe a governar de uma foram um pouco diferente da que sempre governou.
Que passe a ser, como ela disse (na entrevista ao jornal Folha de S.Paulo ) uma espécie de caixeiro viajante, não apenas fora do País, mas também percorrendo as cidades brasileiras.
"Se ela quiser vir para São Bernardo do Campo, pode ficar aqui a semana inteira visitando obras que o governo federal está nos ajudando."
Na avaliação do prefeito, Dilma trabalha muito, mas precisa sair do seu gabinete e rodar mais o País. "Claro que o ajuste fiscal era necessário, mas ela precisa priorizar a fase de caixeiro viajante agora, para chamar a atenção do povo e mostrar que o País é maior do que essa crise, que o povo brasileiro tem mais poder do que essa crise e que vamos derrotar a crise."
E diz que a iniciativa para essa tarefa depende da própria presidente. "O Lula tem força, o PT tem força, os movimentos sociais e os partidos da base também, mas a presidenta tem a força de liderar tudo. É preciso que ela rode primeiro o País, para Lula rodar depois. Ela precisa criar as condições para ele sair a campo também, para ele reproduzir o que ela está falando, pois ele não pode falar sozinho, afinal, ela é a presidenta, é ela quem está na liderança do País."
São Paulo - Num momento de acirramento da crise no País, em que lideranças do PSDB estão apostando que a presidente Dilma não chegará ao fim de seu mandato, um dos mais próximos interlocutores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva , o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho ( PT ), não dá crédito ao que ele chama de "arroto" tucano.
Em entrevista exclusiva ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, Marinho diz que está preocupado é com os rumos da economia do País.
E mais preocupado ainda com a condução da Operação Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro. Para ele, o risco de quebra das empreiteiras investigadas "é de uma irresponsabilidade econômica ímpar".
Marinho diz que Moro está atropelando as normas jurídicas, rasgando a Constituição e colocando de joelhos as instâncias superiores na condução da operação.
"É uma opinião de leigo, evidentemente, apesar de eu ser bacharel (em Direito), não estudei os processos, mas como cidadão eu vejo de forma espantosa como um juiz de primeira instância possa colocar de joelhos as instâncias superiores da forma como tem feito. Parece até encomenda e é preciso que as instâncias superiores assumam a responsabilidade por este processo. É um absurdo que delatores A, B ou C acusem alguém sob tortura."
O prefeito diz que, de acordo com informações de bastidor, "está havendo tortura (na prisão em Curitiba, onde estão os detentos dessa operação) não só psicológica".
E nessas condições, diz ele, os delatores têm o direito de mentir. "Sugiro que os senadores (da oposição que foram à Venezuela para tentar visitar os presos políticos do regime de Nicolás Maduro) façam uma comissão e, em vez de ir à Venezuela, vejam o que está acontecendo em Curitiba, que é muito mais perto. Estou muito mais preocupado com o que pode acontecer com as empresas investigadas nessa operação do que com o arroto do PSDB."
Marinho reiterou que confia na solidez das instituições do País, como o TSE e o STF, portanto, não acredita que Dilma seja tirada do Palácio do Planalto antes do final de seu mandato.
Além disso, diz que o presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, candidato derrotado pela petista nas eleições presidenciais de outubro passado, não é juiz, não tem provas de nada e, em vez de tentar o caminho da Justiça, deveria era tentar convencer a população nas urnas.
E ironizou: "As urnas deram a derrota a Aécio, ele que se prepare e volte em 2018. O que ele tem que saber é se vai conseguir ser o candidato de seu partido, porque me parece que o escalado para 2018 não é ele."
Já com os desdobramentos da Operação Lava Jato, principalmente no impacto econômico, o petista diz que o cenário é preocupante. "Não é possível você punir eventuais corruptos e destruir as empresas, é preciso separar uma coisa da outra."
Dilma
Na entrevista, concedida no gabinete do prefeito, na tarde de terça-feira, dia 7, após ele almoçar com o ex-presidente Lula em seu instituto, Marinho voltou a cobrar uma ação mais proativa da presidente Dilma, para contornar a crise que atinge sua administração.
Disse que ela precisa sair de seu gabinete, a exemplo do que Lula fez na crise de 2005, ir para a linha de frente, colocar um capacete de engenheiro e fiscalizar as obras que sua gestão está fazendo em cidades de todo o Brasil.
"Este é o meu clamor, do presidente Lula e de todos os dirigentes de nosso partido. Só depois disso é que Lula poderá rodar também o País, ajudando o governo."
Marinho diz que o que se espera de Dilma é que ela inicie uma agenda diferente da que vinha fazendo e passe a governar de uma foram um pouco diferente da que sempre governou.
Que passe a ser, como ela disse (na entrevista ao jornal Folha de S.Paulo ) uma espécie de caixeiro viajante, não apenas fora do País, mas também percorrendo as cidades brasileiras.
"Se ela quiser vir para São Bernardo do Campo, pode ficar aqui a semana inteira visitando obras que o governo federal está nos ajudando."
Na avaliação do prefeito, Dilma trabalha muito, mas precisa sair do seu gabinete e rodar mais o País. "Claro que o ajuste fiscal era necessário, mas ela precisa priorizar a fase de caixeiro viajante agora, para chamar a atenção do povo e mostrar que o País é maior do que essa crise, que o povo brasileiro tem mais poder do que essa crise e que vamos derrotar a crise."
E diz que a iniciativa para essa tarefa depende da própria presidente. "O Lula tem força, o PT tem força, os movimentos sociais e os partidos da base também, mas a presidenta tem a força de liderar tudo. É preciso que ela rode primeiro o País, para Lula rodar depois. Ela precisa criar as condições para ele sair a campo também, para ele reproduzir o que ela está falando, pois ele não pode falar sozinho, afinal, ela é a presidenta, é ela quem está na liderança do País."