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Oposição quer anular reunião que aprovou mudanças na LDO

Líderes da oposição anunciaram que não farão acordo e vão tentar impedir qualquer votação no Congresso, caso a reunião da CMO de ontem não for cancelada

Oposição quer anular a sessão em que a base governista conseguiu aprovar a proposta que modifica a Lei de Diretrizes Orçamentária (REUTERS/Ueslei Marcelino)
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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2014 às 13h11.

Brasília - Depois de mais de uma hora reunidos com os presidentes do Senado , Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara , Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), líderes da oposição nas duas Casas saíram irredutíveis e anunciaram que não farão acordo e vão tentar impedir qualquer votação no Congresso , caso a reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) da noite de ontem (18) não for cancelada.

“A primeira providência que o presidente do Congresso [Renan] tem que adotar é anular a sessão de ontem. Essa comissão se reuniu de forma ilegal, sem a presença do nímero mínimo de senadores no início, sem atas de reuniões anteriores e com outros descumprimentos do Regimento do Congresso Nacional, como a quebra de intertício que exige votação individual de todos os membros da Câmara e do Senado”, explicou Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara.

Foi durante esta sessão, marcada por impasse e tumultos, que a base governista conseguiu aprovar a proposta que modifica a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para ampliar o abatimento da meta de superávit primário para 2014 (PLN 36/14), enviada pelo governo.

Para a base governista avançar com a proposta precisa da aprovação no plenário do Congresso que está com a pauta trancada por 38 vetos presidenciais e projetos de lei como o (PLN 5/2014) que altera a lei sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2014 e o que créditos orçamentários para os ministérios. Apenas com a deliberação dessas matérias, seria possível abrir caminho para a votação do reajuste do superavit.

“Só pode entrar depois dos vetos e os vetos têm que ser apreciados um a um. Só a bancada do DEM tem mais 13 destaques relacionados aos 38 votos. Vamos exigir que seja um a um”, antecipou Mendonça, que também afirmou que a bancada da oposição está preparando o mandado de segurança que será entregue no Supremo Tribunal Federal para tentar, externamente, anular o resultado, caso Renan não acate a exigência do grupo.

Mas, parlamentares do Democratas, PSDB, PPS e Solidariedade, que lideraram a resistência, garantiram que a o movimento de obstrução será total, o que pode comprometer todos os processos legislativos na Câmara e no Senado.

E a estratégia já provocou resultados mesmo antes da sessão do Congresso. Na Câmara, todas as reuniões deliberativas de comissões marcadas para a manhã de hoje (19) foram obstruídas e nenhum projeto foi votado.

Para os críticos da revisão da meta, a medida é uma “anistia a presidente Dilma de suas responsabilidades perante a Constituição Federal, a Lei deResponsabilidade Fiscal 101/2000, e a lei que define o Crime de Responsabilidade 10.079/1950”.

“Não seremos sócios da irresponsabilidade fiscal da presidente Dilma [Rousseff]”, concluiu Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara.

Como a discussão com líderes da oposição e do governo ficou inviável dentro da sala da presidência do Senado, Renan e Alves tiveram que dividir as negocições e estão agora reunidos com líderes aliados do Planalto.

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Brasília - Depois de mais de uma hora reunidos com os presidentes do Senado , Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara , Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), líderes da oposição nas duas Casas saíram irredutíveis e anunciaram que não farão acordo e vão tentar impedir qualquer votação no Congresso , caso a reunião da Comissão Mista de Orçamento (CMO) da noite de ontem (18) não for cancelada.

“A primeira providência que o presidente do Congresso [Renan] tem que adotar é anular a sessão de ontem. Essa comissão se reuniu de forma ilegal, sem a presença do nímero mínimo de senadores no início, sem atas de reuniões anteriores e com outros descumprimentos do Regimento do Congresso Nacional, como a quebra de intertício que exige votação individual de todos os membros da Câmara e do Senado”, explicou Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara.

Foi durante esta sessão, marcada por impasse e tumultos, que a base governista conseguiu aprovar a proposta que modifica a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO) para ampliar o abatimento da meta de superávit primário para 2014 (PLN 36/14), enviada pelo governo.

Para a base governista avançar com a proposta precisa da aprovação no plenário do Congresso que está com a pauta trancada por 38 vetos presidenciais e projetos de lei como o (PLN 5/2014) que altera a lei sobre as diretrizes para a elaboração e execução da Lei Orçamentária de 2014 e o que créditos orçamentários para os ministérios. Apenas com a deliberação dessas matérias, seria possível abrir caminho para a votação do reajuste do superavit.

“Só pode entrar depois dos vetos e os vetos têm que ser apreciados um a um. Só a bancada do DEM tem mais 13 destaques relacionados aos 38 votos. Vamos exigir que seja um a um”, antecipou Mendonça, que também afirmou que a bancada da oposição está preparando o mandado de segurança que será entregue no Supremo Tribunal Federal para tentar, externamente, anular o resultado, caso Renan não acate a exigência do grupo.

Mas, parlamentares do Democratas, PSDB, PPS e Solidariedade, que lideraram a resistência, garantiram que a o movimento de obstrução será total, o que pode comprometer todos os processos legislativos na Câmara e no Senado.

E a estratégia já provocou resultados mesmo antes da sessão do Congresso. Na Câmara, todas as reuniões deliberativas de comissões marcadas para a manhã de hoje (19) foram obstruídas e nenhum projeto foi votado.

Para os críticos da revisão da meta, a medida é uma “anistia a presidente Dilma de suas responsabilidades perante a Constituição Federal, a Lei deResponsabilidade Fiscal 101/2000, e a lei que define o Crime de Responsabilidade 10.079/1950”.

“Não seremos sócios da irresponsabilidade fiscal da presidente Dilma [Rousseff]”, concluiu Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara.

Como a discussão com líderes da oposição e do governo ficou inviável dentro da sala da presidência do Senado, Renan e Alves tiveram que dividir as negocições e estão agora reunidos com líderes aliados do Planalto.

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