Oposição acusa Barbosa de ser o mentor de pedaladas fiscais
Os oposicionistas acreditam que a chegada de Barbosa pode aprofundar ainda mais a crise econômica em razão da desconfiança em relação ao seu nome
Da Redação
Publicado em 19 de dezembro de 2015 às 09h47.
Brasília -- Num sinal de que não haverá trégua em relação ao ministro da Fazenda , diferentemente do que ocorria no caso de Joaquim Levy , lideranças de oposição criticaram ontem a escolha do titular do Planejamento, Nelson Barbosa , para o cargo. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), acusou Barbosa de ser o mentor das "pedaladas fiscais".
Os oposicionistas sustentam que ele pode aprofundar ainda mais a crise em razão da desconfiança em relação ao seu nome, mas destacaram que o problema está com a presidente Dilma Rousseff , a condutora da política econômica . Para os oposicionistas, a mudança na equipe econômica tem potencial de aumentar o desemprego, a queda nos investimentos e a perspectiva negativa sobre o futuro.
"Na época, ele (Barbosa) estava na Secretaria de Política Econômica e era secretário executivo do Ministério da Fazenda. Assinou portarias que autorizaram as pedaladas no BNDES", disse Caiado, ao citar o fato de o ministro estar arrolado em um processo no Tribunal de Contas da União (TCU). "O temor agora é em relação às ilusões e mágicas que ele irá desenvolver, a exemplo das pedaladas, o que pode aprofundar ainda mais a crise", disse Caiado.
Rebaixamento
Ele lembrou também que a saída de Levy acontece dias após o rebaixamento do País pela agência de classificação de risco Fitch. "A saída de Levy demonstra o fracasso da tentativa do governo de ludibriar o mercado colocando um nome de respeito como fachada da política econômica, quando, na realidade, não estava interessado em mudar nada. Usaram o Levy como forma de tirar a atenção. Todos os equívocos na máquina pública que trouxeram o País a esta crise permanecem", afirmou.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que a escolha de Barbosa pode aprofundar a recessão com todos os efeitos desemprego, queda nos investimentos e incertezas sobre o futuro. "É uma indicação ruim, de que a presidente Dilma continuará interferindo na política econômica e reforça também a manutenção do modelo que mergulhou o país nesta crise sem precedentes", criticou Sampaio, ao destacar que Barbosa responde pelas pedaladas comprovadas pelo TCU e que seriam base para o impeachment de Dilma Rousseff.
Para o tucano, a ida de Barbosa para a Fazenda revela também que a presidente não tem "peças de reposição", já que ninguém quer fazer parte de um governo que está com os dias contados com a presidente prestes a sofrer um impeachment .
O líder do PSDB do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que não adianta trocar "Joaquim por José nem por Antônio muito menos por Nelson". "O problema não está no nome de quem vai ocupar o ministério, mas na política econômica equivocada patrocinada pelo desgoverno da presidente Dilma."
Brasília -- Num sinal de que não haverá trégua em relação ao ministro da Fazenda , diferentemente do que ocorria no caso de Joaquim Levy , lideranças de oposição criticaram ontem a escolha do titular do Planejamento, Nelson Barbosa , para o cargo. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), acusou Barbosa de ser o mentor das "pedaladas fiscais".
Os oposicionistas sustentam que ele pode aprofundar ainda mais a crise em razão da desconfiança em relação ao seu nome, mas destacaram que o problema está com a presidente Dilma Rousseff , a condutora da política econômica . Para os oposicionistas, a mudança na equipe econômica tem potencial de aumentar o desemprego, a queda nos investimentos e a perspectiva negativa sobre o futuro.
"Na época, ele (Barbosa) estava na Secretaria de Política Econômica e era secretário executivo do Ministério da Fazenda. Assinou portarias que autorizaram as pedaladas no BNDES", disse Caiado, ao citar o fato de o ministro estar arrolado em um processo no Tribunal de Contas da União (TCU). "O temor agora é em relação às ilusões e mágicas que ele irá desenvolver, a exemplo das pedaladas, o que pode aprofundar ainda mais a crise", disse Caiado.
Rebaixamento
Ele lembrou também que a saída de Levy acontece dias após o rebaixamento do País pela agência de classificação de risco Fitch. "A saída de Levy demonstra o fracasso da tentativa do governo de ludibriar o mercado colocando um nome de respeito como fachada da política econômica, quando, na realidade, não estava interessado em mudar nada. Usaram o Levy como forma de tirar a atenção. Todos os equívocos na máquina pública que trouxeram o País a esta crise permanecem", afirmou.
O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse que a escolha de Barbosa pode aprofundar a recessão com todos os efeitos desemprego, queda nos investimentos e incertezas sobre o futuro. "É uma indicação ruim, de que a presidente Dilma continuará interferindo na política econômica e reforça também a manutenção do modelo que mergulhou o país nesta crise sem precedentes", criticou Sampaio, ao destacar que Barbosa responde pelas pedaladas comprovadas pelo TCU e que seriam base para o impeachment de Dilma Rousseff.
Para o tucano, a ida de Barbosa para a Fazenda revela também que a presidente não tem "peças de reposição", já que ninguém quer fazer parte de um governo que está com os dias contados com a presidente prestes a sofrer um impeachment .
O líder do PSDB do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), disse que não adianta trocar "Joaquim por José nem por Antônio muito menos por Nelson". "O problema não está no nome de quem vai ocupar o ministério, mas na política econômica equivocada patrocinada pelo desgoverno da presidente Dilma."