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Operador da Lava Jato mora em local de R$ 10,6 mi na Suíça

Segundo a imobiliária Grange, que se ocupa do apartamento do operador, o endereço está avaliado em 3,5 milhões de francos, cerca de R$ 10,6 milhões

Lava Jato: Bernardo Freiburghaus foi convocado pela PF para prestar esclarecimentos, mas não foi encontrado (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 16h45.

Genebra - Bernardo Schiller Freiburghaus, citado por ex-diretores da Petrobras como o operador que facilitava a abertura de contas na Suíça por anos para o recebimento da propina, vive em um dos endereços de maior prestígio de Genebra, perto dos bancos J. Safra, HSBC, Citibank ou Credit Suisse e às margens do Rio Ródano.

Segundo a imobiliária Grange, que se ocupa do apartamento do operador, o endereço está avaliado em 3,5 milhões de francos, cerca de R$ 10,6 milhões.

Ele foi citado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e pelo ex-gerente Paulo Barusco, nas delações da Operação Lava Jato , como o homem recomendado para abrir contas na Suíça.

Ele foi convocado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos no dia 5, mas não foi encontrado.

O endereço em Genebra aparece em carta assinada por sua advogada, Fernanda Silva Telles, endereçada à Polícia Federal do Paraná.

No documento, Freiburghaus se apresenta como "suíço", "economista" e "residente e domiciliado" no país europeu.

A defesa dele informou à PF o atual endereço da Diagonal Investimentos, empresa de Freiburghaus no Rio na qual ele foi procurado sem sucesso.

"Embora esteja funcionando de forma precária, tendo em vista a expressiva diminuição de seus clientes, a empresa está regulamente constituída no endereço acima declinado", disse a advogada.

Segundo Fernanda, no dia 13, "após tomar conhecimento de que foi procurado para prestar esclarecimentos", o cliente informou que poderá ser notificado no atual endereço suíço.

Na terça, a reportagem foi ao local em Genebra. Uma caixa de correio tem o nome B. Freiburghaus e outra, a inscrição Sr. e Sra. Freiburghaus.

A porta foi aberta por uma mulher que, em português fluente, não disfarçou o nervosismo após a identificação do repórter.

"Aqui não tem nenhum Bernardo", disse. Quando a reportagem explicou que o endereço estava na carta da advogada, a pessoa respondeu: "Vá perguntar a ela".

Ao ser perguntada se Freiburghaus estava, disse: "Não". E bateu a porta.

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Genebra - Bernardo Schiller Freiburghaus, citado por ex-diretores da Petrobras como o operador que facilitava a abertura de contas na Suíça por anos para o recebimento da propina, vive em um dos endereços de maior prestígio de Genebra, perto dos bancos J. Safra, HSBC, Citibank ou Credit Suisse e às margens do Rio Ródano.

Segundo a imobiliária Grange, que se ocupa do apartamento do operador, o endereço está avaliado em 3,5 milhões de francos, cerca de R$ 10,6 milhões.

Ele foi citado pelo ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa e pelo ex-gerente Paulo Barusco, nas delações da Operação Lava Jato , como o homem recomendado para abrir contas na Suíça.

Ele foi convocado pela Polícia Federal para prestar esclarecimentos no dia 5, mas não foi encontrado.

O endereço em Genebra aparece em carta assinada por sua advogada, Fernanda Silva Telles, endereçada à Polícia Federal do Paraná.

No documento, Freiburghaus se apresenta como "suíço", "economista" e "residente e domiciliado" no país europeu.

A defesa dele informou à PF o atual endereço da Diagonal Investimentos, empresa de Freiburghaus no Rio na qual ele foi procurado sem sucesso.

"Embora esteja funcionando de forma precária, tendo em vista a expressiva diminuição de seus clientes, a empresa está regulamente constituída no endereço acima declinado", disse a advogada.

Segundo Fernanda, no dia 13, "após tomar conhecimento de que foi procurado para prestar esclarecimentos", o cliente informou que poderá ser notificado no atual endereço suíço.

Na terça, a reportagem foi ao local em Genebra. Uma caixa de correio tem o nome B. Freiburghaus e outra, a inscrição Sr. e Sra. Freiburghaus.

A porta foi aberta por uma mulher que, em português fluente, não disfarçou o nervosismo após a identificação do repórter.

"Aqui não tem nenhum Bernardo", disse. Quando a reportagem explicou que o endereço estava na carta da advogada, a pessoa respondeu: "Vá perguntar a ela".

Ao ser perguntada se Freiburghaus estava, disse: "Não". E bateu a porta.

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