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Odebrecht não assina; PGR x Geddel…

Odebrecht não assina delação Por problemas em alguns detalhes, os quase 80 executivos da Odebrecht envolvidos em acordos de delação premiada não assinaram os documentos nesta quinta-feira. Alguns detalhes do acordo de leniência ainda precisam ser acertados, como a quantidade que vai ser repassada ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o prazo que […]

MARCELO ODEBRECHT: De acordo com fontes ouvidas por VEJA, o ex-presidente da construtora passa bem / Vagner Rosário/VEJA.com
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Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 17h48.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h13.

Odebrecht não assina delação

Por problemas em alguns detalhes, os quase 80 executivos da Odebrecht envolvidos em acordos de delação premiada não assinaram os documentos nesta quinta-feira. Alguns detalhes do acordo de leniência ainda precisam ser acertados, como a quantidade que vai ser repassada ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e o prazo que a empresa tem para realizar esse pagamento. Da multa, que poderá chegar a 7 bilhões de reais, um pouco menos da metade será dividido entre Estados Unidos e Suíça, países que também ajudaram nas investigações. Os americanos queriam um aumento de 170.000 na parte que lhes cabe. Assim que tudo for acertado, as assinaturas devem começar a ocorrer.

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100 bi do BNES devem ser pagos esse ano

Depois do Tribunal de Contas da União determinar que o BNDES devolva 100 bilhões de reais à União devido aos empréstimos realizados nos últimos anos, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a restituição será integralmente feita neste ano. Inicialmente estava previsto que o dinheiro voltasse ao longo de três anos. O dinheiro deve ser integralmente usado para pagar a dívida pública e não poderá ser destinado aos estados endividados. Entre 2008 e 2014, o Tesouro emprestou ao BNDES cerca de 450 bilhões de reais.

PGR pedirá inquérito contra Geddel

A Procuradoria-Geral da República deve pedir inquérito para apurar os possíveis crimes cometidos pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Ele foi acusado pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de fazer pressão para que um edifício no qual possui um apartamento comprado fosse liberado pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural. Na tarde de hoje, Calero prestou depoimento à Polícia Federal sobre o assunto e o depoimento foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal.

Garotinho liberado

O Tribunal Superior Eleitoral liberou o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho da prisão. A fiança ficou estipulada em 100 salários mínimos, ou 88.000 reais, e Garotinho não poderá se ausentar mais de três dias da residência sem avisar o juiz. Garotinho foi preso acusado de compra de votos nas eleições de Campos dos Goytacazes, onde sua mulher, Rosinha Garotinho, é prefeita. Como secretário da prefeitura, ele teria aumentado sem justificativas o programa social chamado Cheque Cidadão.

Parentes de políticos na repatriação

Em uma manobra do líder do governo no Congresso, Romero Jucá (PMDB-RR), o texto do projeto de repatriação que deve vigorar em 2017 passou a permitir que parentes de políticos utilizem o período para declarar seus recursos no exterior. No projeto que vigorou neste ano, fruto da proposta feita pela então presidente Dilma Rousseff, o ato era proibido para evitar que dinheiro de corrupção fosse tornado legal por possíveis laranjas de políticos. Dessa vez, no entanto, num descuido da oposição, que já havia vetado a proposta escrita de maneira explícita duas vezes, o texto passou de maneira genérica. O projeto de repatriação para 2017 foi proposto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, e é encampado pelo governo por ser visto como uma salvação das contas públicas. Em 2016, foram arrecadados 46,8 bilhões entre impostos e multas sobre os valores mantidos de maneira ilícita no exterior.

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