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O que já se sabe sobre o voo que matou Eduardo Campos

Segundo os dados divulgados, piloto e co-piloto não tinham habilitação específica para operar a aeronave que caiu.


	Local onde caiu o avião que levava o candidato à presidência Eduardo Campos
 (REUTERS/Paulo Whitaker)

Local onde caiu o avião que levava o candidato à presidência Eduardo Campos (REUTERS/Paulo Whitaker)

Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 17h09.

São Paulo – A Aeronáutica divulgou hoje informações sobre a investigação do acidente que matou o ex-candidato à presidência da República Eduardo Campos. A aeronave caiu em Santos em agosto de 2014, e matou sete pessoas.

O avião não colidiu no ar

Segundo os dados divulgados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), foram descartadas as possibilidades de colisão com aves, veículos não tripulados (Vants) ou outros objetos no ar. Também foi descartada a possibilidade de incêndio no avião antes da queda.

O piloto fez um trajeto diferente do previsto

De acordo com a apresentação, a aeronave tentou pousar e arremeteu. Porém, depois não há mais contato sobre nova tentativa de pouso. Logo depois, ocorreu o acidente. Outra informação é que o trajeto feito pela aeronave é diferente do que estava previsto para pouso no aeroporto de Santos.

Aeronave estava em alta velocidade

Segundo o tenente-coronel Raul de Souza, que coordenou as investigações, os destroços mostram que o trem de pouso estava recolhido, e que o jatinho não caiu de cabeça para baixo, como chegou a ser levantado.

As investigações mostraram ainda que a aeronave estava em alta velocidade no momento do acidente e com grau de inclinação de 38 graus – segundo o tenente-coronel, uma aeronave se aproxima para pouso com uma inclinação de 3 a 4 graus.

Pilotos não tinham certificação específica

Outra informação importante recolhida nas investigações é de que piloto e co-piloto não tinham habilitação específica para operar a aeronave que caiu.

Os investigadores afirmam que mais importante do que saber se os pilotos tinham habilitação formal é entender se eles tinham condições de operar naquela aeronave. Essas questões ainda serão analisadas.

Até agora não se indentificou falha na aeronave, Mesmo assim, os investigadores dizem que ainda não se pode afirmar que houve falha humana. 

Os investigadores ressaltam que ainda não foi feita a análise das informações coletadas e que, portanto, não há conclusões sobre as causas do acidente. 

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