O lirismo de Michel Temer, o “vice poeta”, em 10 versos
Muito antes da famosa carta endereçada à Dilma, Temer resolveu se aventurar com as palavras; veja alguns de seus versos
Rita Azevedo
Publicado em 24 de abril de 2016 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h16.
São Paulo — É possível dizer que Michel Temer (PMDB) é um sujeito apegado à escrita. "Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem) já diria o vice-presidente no início da carta-desabafo enviada a Dilma Rousseff em dezembro do ano passado, poucos dias após a abertura do processo de impeachment da presidente. Muito antes da famosa carta, em que diz se sentir um “vice-decorativo”, Temer resolveu se aventurar no universo literário com a publicação do livro de poemas “Anônima Identidade” (Topbooks, 2012). A obra, segundo o próprio Temer, foi toda escrita em guardanapos de papel durante as idas e vindas de avião entre São Paulo (SP), seu reduto eleitoral, e Brasília (DF), na época em que cumpria seu sexto mandato na Câmara dos Deputados. Apesar do livro ter sido escrito em outro momento histórico, alguns leitores podem encontrar nos versos paralelos com o cenário atual — no qual o vice já articula o esboço de um eventual governo, antes mesmo da decisão do Senado no processo de impeachment. Navegue pelas imagens e veja alguns dos versos de Temer.
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