Brasil

Morte de Bruno Covas gera comoção no meio político

Líder histórico do PSDB, o senador José Serra lamentou a morte precoce do prefeito, que classificou como "uma imensa perda": "Fará muita falta a todos nós e à cidade de São Paulo"

Bruno Covas assumiu a prefeitura de SP com a saída de João Doria, que concorreu ao governo do estado. (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo/Fotos Públicas)

Bruno Covas assumiu a prefeitura de SP com a saída de João Doria, que concorreu ao governo do estado. (Heloisa Ballarini/Prefeitura de São Paulo/Fotos Públicas)

G

GabrielJusto

Publicado em 16 de maio de 2021 às 10h36.

Última atualização em 16 de maio de 2021 às 11h28.

A morte precoce do prefeito Bruno Covas (PSDB), de 41 anos, na manhã deste domingo, 16, gerou comoção no meio político. Ao longo de um ano e meio, o tucano demonstrou determinação e otimismo para tratar de um câncer agressivo já descoberto em processo de metástase.

Desde abril, a doença evoluiu muito rapidamente e complicações em seu tratamento levaram à morte, pela primeira vez, de um prefeito de São Paulo durante o mandato. A consciência em relação ao avô, Mário Covas, que também morreu de câncer quando era governador do Estado, há 20 anos, torna a morte ainda mais marcante e sofrida entre amigos e familiares. Bruno Covas deixa o filho Tomás, de 15 anos.

Governador de São Paulo e ex-companheiro de chapa de Covas, João Doria agradeceu os momentos compartilhados com o prefeito. Em nota, Doria presta solidariedade aos pais de Covas, Renata e Pedro, o irmão, Gustavo e o filho, Tomás.

"Tive o privilégio de acompanhá-lo desde o início da vida pública, ao lado do seu avô Mario Covas. Tive a honra de tê-lo como vice, na prefeitura de São Paulo. E a alegria de ver seus ideais e realizações aprovados nas eleições de 2020. Bruno Covas era sensível, sereno, correto, racional, pragmático e ponderado. Voz sensata, sorriso largo e bom coração. Bruno Covas era esperança. E a esperança não morre: ela segue, com fé, nas lições que ele nos ofereceu em sua vida. Muito obrigado, Bruno. Você foi e continuará sendo para todos nós, um eterno exemplo", escreveu.

Líder histórico do PSDB, o senador José Serra lamentou a morte precoce do prefeito, que classificou como "uma imensa perda". "Era uma bela figura humana e um grande quadro político. Fará muita falta a todos nós e à cidade de São Paulo, que ele vinha administrando com dedicação e competência."

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, lamentou a perda humana e política com a partida de Covas. "Guerreiro Jovem. Jovem Guerreiro. Preparado para servir a vida pública, inspirador, decente, bem humorado, Amigo, pai amoroso. Na escassez de Grandes quadros na vida pública nacional é uma perda imensa. Que Deus acolha esse ser fantástico. E sua família seja imensamente confortada por sua exemplar vida. A Tomás do fundo do coração um afetuoso abraço", escreveu.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que Bruno Covas era um dos maiores quadros de sua geração. "Com muita tristeza recebo, neste domingo, a notícia do falecimento do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, 41 anos. Bruno Covas era, sem dúvida, um dos maiores quadros da nossa geração, representante dos ideais da social democracia, valores defendidos pelo seu partido, o PSDB, que teve entre os fundadores o seu avô, Mário Covas", declarou, em nota divulgada.

O presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), lamentou, por meio do Twitter, a morte do prefeito de São Paulo. Lira afirmou que o tucano era "um jovem talento na política, que travou com coragem e otimismo uma árdua batalha".

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também lamentou a morte de Covas. "Meus sentimentos aos familiares, amigos e correligionários de Bruno Covas, que nos deixou hoje após travar uma longa e dura batalha contra o câncer. Que Deus conforte o coração de sua família", disse, em sua conta do Twitter.

Até a manhã deste domingo, o presidente Jair Bolsonaro ainda não se manifestou sobre o ocorrido.

Acompanhe tudo sobre:Arthur LiraBruno CovasJoão Doria JúniorJosé SerraLuiz Inácio Lula da SilvaMortesPachecoPSDBsao-paulo

Mais de Brasil

Censo 2022: Rocinha volta a ser considerada a maior favela do Brasil

Censo 2022: favelas de São Paulo ganharam quase um milhão de moradores nos últimos 12 anos

Pretos e pardos representam 72,9% dos moradores de favelas, indica Censo

Censo 2022: veja o ranking das 20 favelas mais populosas do Brasil