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Módulos emergenciais da Antártica começam a operar em 2013

Os módulos serão usados até que uma nova unidade antártica seja construída para substituir a Estação Antártica Comandante Ferraz

A Estação Comandante Ferraz, na Antártica, destruída por incêndio: a reconstrução da unidade deve durar de um a dois anos (Divulgação/Maria Rosa Pedreiro/Universidade Federal do Paraná)
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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 14h12.

Rio de Janeiro - Os módulos antárticos emergenciais que serão instalados na Ilha George para abrigar pesquisadores brasileiros começarão a operar integralmente em fevereiro de 2013. Os módulos serão usados até que uma nova unidade antártica seja construída para substituir a Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro deste ano.

A maior parte das equipes de pesquisa começa a voltar ao continente em novembro deste ano, quando iniciam o verão antártico e a instalação dos módulos. Segundo o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, enquanto os módulos estiverem sendo instalados, os pesquisadores brasileiros poderão ficar instalados nas bases chilena e argentina, além de três navios da Marinha.

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“O acidente ocorreu lamentavelmente, mas nós vamos substituir [a estação] pelos navios e, à medida que os módulos antárticos ficarem prontos, isso vai facilitar porque muitos poderão ficar em terra durante a noite”, disse o almirante.

Os módulos emergenciais serão instalados por uma empresa canadense – a Weatherhaven Canada Resources, que já tem experiência na construção de módulos antárticos – no local onde ficava o heliponto da Estação Comandante Ferraz.

A estação provisória terá capacidade para abrigar 65 pessoas e contará com dormitórios, banheiros, refeitórios, cozinha, laboratórios, enfermaria, geradores, estações de tratamento de esgoto e área de armazenamento de resíduos sólidos. Os módulos têm parede externa composta por PVC polar, que resiste à ação de raios ultravioleta, e podem suportar ventos até 200 quilômetros por hora, ou seja, um furacão de categoria 3.

Ao mesmo tempo em que os módulos começam a ser instalados, também se iniciam os trabalhos de remoção dos escombros da estação incendiada, cuja conclusão está prevista para março do ano que vem. O desmonte dos destroços será feito pelo Arsenal da Marinha e pelos fuzileiros navais, com apoio de um navio mercante alugado pelo governo brasileiro.

De acordo com o ministro da Defesa, Celso Amorim, a previsão é que o projeto da nova estação antártica permanente, que vai substituir Comandante Ferraz, seja concluído antes do verão 2013/2014, para que a obra possa ser iniciada neste período. A reconstrução da unidade deve durar de um a dois anos.

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