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Ministros serão nomeados sem dados da Lava Jato, diz Cardozo

Ele disse que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não repassará informações ao governo sobre o envolvimento na Lava Jato de indicados a ministérios

Cardozo: repasse de qualquer nome envolvido na operação poderia atrapalhar futuras investigações (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 12h59.

Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou nesta terça-feira, 23, que não poderá repassar qualquer tipo de informação ao governo sobre o envolvimento na Operação Lava Jato de possíveis indicados a ministérios. Ontem, em café da manhã com jornalistas, a presidente disse que pretendia consultar o Ministério Público antes da nomeação de novos ministros.

Em rápida entrevista coletiva, Cardozo disse ter conversado ontem à noite por telefone com Janot. O chefe do Ministério Público Federal afirmou a ele que não teria como repassar qualquer informação ao governo porque as delações premiadas da Lava Jato correm sob segredo de Justiça. Cardozo disse ter repassado o posicionamento de Janot para Dilma Rousseff hoje pela manhã.

"O procurador-geral da República nos disse que não tinha como fornecer qualquer tipo de informação, uma vez que essa questão está sob sigilo legal e que naturalmente não dependeria de uma decisão dele a respeito", afirmou. Segundo ele, o repasse de qualquer nome poderia atrapalhar futuras investigações.

O ministro da Justiça disse que, diante da negativa de Janot, as nomeações para compor o segundo mandato de Dilma levarão em conta as "informações disponíveis" no momento. Questionado se poderiam levar em conta os vazamentos da imprensa, ele disse que a análise primeira é a que está disponível em registros oficiais e, no caso da imprensa, elas passarão por uma avaliação do governo.

Consultoria

Cardozo rebateu a crítica feita pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa segundo o qual a sugestão feita ontem por Dilma colocaria o Ministério Público como órgão de assessoria da Presidência. Barbosa chegou a chamar a iniciativa de "degradação institucional".

"Eu acho curiosa a crítica, porque ter informações é algo básico, porque é natural que um governante, para formar a sua equipe, tenha informações", disse Cardozo. "Talvez o ministro Joaquim não teria entendido bem, a gente não pediu consultoria, pediu informações", completou.

Brasília - O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, afirmou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou nesta terça-feira, 23, que não poderá repassar qualquer tipo de informação ao governo sobre o envolvimento na Operação Lava Jato de possíveis indicados a ministérios. Ontem, em café da manhã com jornalistas, a presidente disse que pretendia consultar o Ministério Público antes da nomeação de novos ministros.

Em rápida entrevista coletiva, Cardozo disse ter conversado ontem à noite por telefone com Janot. O chefe do Ministério Público Federal afirmou a ele que não teria como repassar qualquer informação ao governo porque as delações premiadas da Lava Jato correm sob segredo de Justiça. Cardozo disse ter repassado o posicionamento de Janot para Dilma Rousseff hoje pela manhã.

"O procurador-geral da República nos disse que não tinha como fornecer qualquer tipo de informação, uma vez que essa questão está sob sigilo legal e que naturalmente não dependeria de uma decisão dele a respeito", afirmou. Segundo ele, o repasse de qualquer nome poderia atrapalhar futuras investigações.

O ministro da Justiça disse que, diante da negativa de Janot, as nomeações para compor o segundo mandato de Dilma levarão em conta as "informações disponíveis" no momento. Questionado se poderiam levar em conta os vazamentos da imprensa, ele disse que a análise primeira é a que está disponível em registros oficiais e, no caso da imprensa, elas passarão por uma avaliação do governo.

Consultoria

Cardozo rebateu a crítica feita pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa segundo o qual a sugestão feita ontem por Dilma colocaria o Ministério Público como órgão de assessoria da Presidência. Barbosa chegou a chamar a iniciativa de "degradação institucional".

"Eu acho curiosa a crítica, porque ter informações é algo básico, porque é natural que um governante, para formar a sua equipe, tenha informações", disse Cardozo. "Talvez o ministro Joaquim não teria entendido bem, a gente não pediu consultoria, pediu informações", completou.

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