Mercadante diz a servidores que é pós-graduado em oposição
“Se, não estou dizendo que será, mas se a presidente for afastada, eu saio com ela imediatamente”, disse o ministro
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2016 às 18h24.
Para um auditório lotado de funcionários do Ministério da Educação, o ministro Aloizio Mercadante disse que “hoje é um dia de luto para a democracia”, diante do iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado.
“Se, não estou dizendo que será, mas se a presidente for afastada, eu saio com ela imediatamente”, disse o ministro. “Consultei todos os secretários e todos disseram, saio com você”, acrescentou.
Mercadante pediu que dois secretários e os presidentes das autarquias ligadas ao MEC fiquem mais um pouco nos cargos para dar continuidade aos projetos da pasta.
O ministro se comprometeu a passar as informações necessárias ao eventual novo titular da Educação para que as ações não sejam paralisadas e disse que vai fiscalizar o novo governo.
“Estamos há 13 anos no governo, mas eu tenho pós-doutorado em oposição, eles que se preparem.” Mercadante já foi deputado federal e senador.
Sob aplausos e gritos de “Não vai ter golpe”, o petista chamou o impeachment de golpe por não ter base legal e disse que o processo está sendo articulado desde a posse de Dilma.
Segundo Mercadante, parlamentares que apoiam o impedimento da presidente são contra políticas de inclusão.
“Alguns partidos que hoje querem dar o golpe, na época, eram contra mudanças no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], contra a política de cotas. No mínimo, eles têm que pedir desculpas pelo que fizeram. Se não fossem programas como o ProUni [Programa Universidade para Todos] e o Sisu [Sistema de Seleção Unificada], milhares não chegariam à universidade.”
Em tom de despedida, Mercadante fez um balanço das últimas realizações do ministério, se mostrou bem-humorado e fez até brincadeiras:
“Na época do Mais Médicos, fizeram até caixão para mim, para a Dilma e para o Padilha [Alexandre Padilha, então ministro da Saúde]. Não fizeram para o Paim [José Henrique Paim, secretário-executivo da pasta na época] porque ele é muito pequeno”, brincou. O Mais Médicos foi implantado em meio à polêmica e muita resistência da classe médica.
O ministro também contou a história do pai de um funcionário do MEC, pedreiro que aproveitou a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para se qualificar como mestre de obras.
"Vou acompanhar a formação dele. E fale para ele não se impressionar com as notícias, que a gente volta para o MEC”, disse.
Para um auditório lotado de funcionários do Ministério da Educação, o ministro Aloizio Mercadante disse que “hoje é um dia de luto para a democracia”, diante do iminente afastamento da presidente Dilma Rousseff pelo Senado.
“Se, não estou dizendo que será, mas se a presidente for afastada, eu saio com ela imediatamente”, disse o ministro. “Consultei todos os secretários e todos disseram, saio com você”, acrescentou.
Mercadante pediu que dois secretários e os presidentes das autarquias ligadas ao MEC fiquem mais um pouco nos cargos para dar continuidade aos projetos da pasta.
O ministro se comprometeu a passar as informações necessárias ao eventual novo titular da Educação para que as ações não sejam paralisadas e disse que vai fiscalizar o novo governo.
“Estamos há 13 anos no governo, mas eu tenho pós-doutorado em oposição, eles que se preparem.” Mercadante já foi deputado federal e senador.
Sob aplausos e gritos de “Não vai ter golpe”, o petista chamou o impeachment de golpe por não ter base legal e disse que o processo está sendo articulado desde a posse de Dilma.
Segundo Mercadante, parlamentares que apoiam o impedimento da presidente são contra políticas de inclusão.
“Alguns partidos que hoje querem dar o golpe, na época, eram contra mudanças no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio], contra a política de cotas. No mínimo, eles têm que pedir desculpas pelo que fizeram. Se não fossem programas como o ProUni [Programa Universidade para Todos] e o Sisu [Sistema de Seleção Unificada], milhares não chegariam à universidade.”
Em tom de despedida, Mercadante fez um balanço das últimas realizações do ministério, se mostrou bem-humorado e fez até brincadeiras:
“Na época do Mais Médicos, fizeram até caixão para mim, para a Dilma e para o Padilha [Alexandre Padilha, então ministro da Saúde]. Não fizeram para o Paim [José Henrique Paim, secretário-executivo da pasta na época] porque ele é muito pequeno”, brincou. O Mais Médicos foi implantado em meio à polêmica e muita resistência da classe médica.
O ministro também contou a história do pai de um funcionário do MEC, pedreiro que aproveitou a Educação de Jovens e Adultos (EJA) para se qualificar como mestre de obras.
"Vou acompanhar a formação dele. E fale para ele não se impressionar com as notícias, que a gente volta para o MEC”, disse.