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Medvedev se reunirá com Dilma por acordos na área de defesa

A reunião com Dilma será a primeira atividade oficial do primeiro-ministro russo no Brasil

Dmitry Medvedev: o Brasil já manifestou interesse em adquirir cinco baterias de mísseis antiaéreos russo (Dmitry Astakhov/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 11h27.

Brasília - O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, será recebido na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, e participará de uma comissão bilateral na qual serão discutidos importantes acordos na área de defesa.

A reunião com Dilma será a primeira atividade oficial do líder russo no Brasil e, segundo fontes oficiais consultadas pela Agência Efe, servirá para uma análise da relação bilateral e também para tratar da agenda global, na qual inclui desde a crise econômica até a delicada situação na Síria e outros assuntos.

Após o encontro com a presidente, Medvedev será recebido pelo vice-presidente brasileiro, Michel Temer, com quem liderará a VI Assembleia do Comitê de Cooperação Russo-Brasileira, que tratará sobre diversos assuntos de cooperação em comércio, investimentos, ciência, energia, educação e defesa.

Essa comissão bilateral fará um amplo repasse do estado das relações e discutirá alternativas para reforçá-las, sobretudo no âmbito comercial, que é do interesse de ambos os países, duas das economias emergentes mais importantes do mundo que começam a sentir os efeitos da crise financeira global.

A maior possibilidade de novos negócios está na área de defesa, na qual as relações foram fortalecidas com acordos de cooperação assinados por ambos os países durante uma visita que Dilma fez a Moscou em dezembro.

O Brasil já manifestou interesse em adquirir cinco baterias de mísseis antiaéreos russos, que segundo disse o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto, seriam três do tipo Pantsir S1 e dois do Igla.


Essa operação implicaria uma transferência de tecnologia que o Brasil exige em todas suas aquisições de equipamento bélico e que já foi aceita pela Rússia , explicou na semana passada o general De Nardi, que deu a entender que o acordo final só depende de uma negociação de "preços".

Segundo fontes do mercado militar, cada uma dessas baterias, com veículos auxiliares e armamento completo, que representa uma dotação de mísseis terra-ar e canhões de 30 milímetros, tem um custo calculado de cerca de US$ 35 milhões.

O Brasil, por sua vez, tem negociações avançadas para a venda de radares fabricados pela empresa Mectron, uma subsidiária da companhia Odebrecht Defesa e Tecnologia, que pudem equipar os caças-bombardeiros russos Yak-130A, os quais já estão em uso pelas forças aéreas da Argélia, Bangladesh, Belarus e Mongólia.

Esses aviões são fabricados pela empresa Irkut e são similares aos caças-bombardeiros e aviões de treino produzidos pela empresa brasileira Embraer, que são equipados com os radares Scipio-01 da companhia Mectron.

Os radares, segundo a empresa brasileira, podem identificar entre quatro e oito alvos ao mesmo tempo e detectar alvos de cinco metros quadrados situados a 32 quilômetros de distância no espaço aéreo e de 100 metros quadrados a 80 quilômetros em terra.

Após sua visita ao Brasil, Medvedev viajará para Havana, onde se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro, com o interesse centrado em reforçar os intercâmbios comerciais bilaterais.

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Brasília - O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, será recebido na quarta-feira pela presidente Dilma Rousseff, e participará de uma comissão bilateral na qual serão discutidos importantes acordos na área de defesa.

A reunião com Dilma será a primeira atividade oficial do líder russo no Brasil e, segundo fontes oficiais consultadas pela Agência Efe, servirá para uma análise da relação bilateral e também para tratar da agenda global, na qual inclui desde a crise econômica até a delicada situação na Síria e outros assuntos.

Após o encontro com a presidente, Medvedev será recebido pelo vice-presidente brasileiro, Michel Temer, com quem liderará a VI Assembleia do Comitê de Cooperação Russo-Brasileira, que tratará sobre diversos assuntos de cooperação em comércio, investimentos, ciência, energia, educação e defesa.

Essa comissão bilateral fará um amplo repasse do estado das relações e discutirá alternativas para reforçá-las, sobretudo no âmbito comercial, que é do interesse de ambos os países, duas das economias emergentes mais importantes do mundo que começam a sentir os efeitos da crise financeira global.

A maior possibilidade de novos negócios está na área de defesa, na qual as relações foram fortalecidas com acordos de cooperação assinados por ambos os países durante uma visita que Dilma fez a Moscou em dezembro.

O Brasil já manifestou interesse em adquirir cinco baterias de mísseis antiaéreos russos, que segundo disse o general José Carlos De Nardi, chefe do Estado-Maior Conjunto, seriam três do tipo Pantsir S1 e dois do Igla.


Essa operação implicaria uma transferência de tecnologia que o Brasil exige em todas suas aquisições de equipamento bélico e que já foi aceita pela Rússia , explicou na semana passada o general De Nardi, que deu a entender que o acordo final só depende de uma negociação de "preços".

Segundo fontes do mercado militar, cada uma dessas baterias, com veículos auxiliares e armamento completo, que representa uma dotação de mísseis terra-ar e canhões de 30 milímetros, tem um custo calculado de cerca de US$ 35 milhões.

O Brasil, por sua vez, tem negociações avançadas para a venda de radares fabricados pela empresa Mectron, uma subsidiária da companhia Odebrecht Defesa e Tecnologia, que pudem equipar os caças-bombardeiros russos Yak-130A, os quais já estão em uso pelas forças aéreas da Argélia, Bangladesh, Belarus e Mongólia.

Esses aviões são fabricados pela empresa Irkut e são similares aos caças-bombardeiros e aviões de treino produzidos pela empresa brasileira Embraer, que são equipados com os radares Scipio-01 da companhia Mectron.

Os radares, segundo a empresa brasileira, podem identificar entre quatro e oito alvos ao mesmo tempo e detectar alvos de cinco metros quadrados situados a 32 quilômetros de distância no espaço aéreo e de 100 metros quadrados a 80 quilômetros em terra.

Após sua visita ao Brasil, Medvedev viajará para Havana, onde se reunirá com o presidente cubano, Raúl Castro, com o interesse centrado em reforçar os intercâmbios comerciais bilaterais.

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