Justiça brasileira condena pilotos americanos do Legacy

São Paulo - A Justiça brasileira condenou nesta segunda-feira a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiabierto os dois americanos que pilotavam o jato Legacy que colidiu com um avião comercial da companhia aérea Gol, em acidente que deixou 154 mortos em 29 de setembro 2006.

O juiz federal Murilo Mendes, do município de Sinop, em Mato Grosso, considerou que os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino foram negligentes por não terem revisado o funcionamento do equipamento da aeronave encarregado de transmitir aos controladores de voo informações como altitude, velocidade e direção do avião, assim como o sistema que informa ao piloto a existência de outras aeronaves nas proximidades.

Os dois pilotos, porém, não serão presos, já que a sentença substitui a pena por prestação de serviços comunitários em órgãos brasileiros nos Estados Unidos, além da proibição do exercício da profissão.

"Durante uma hora foram passageiros. Tempo aproximado de uma viagem de Porto Alegre a São Paulo. Tempo em que se percorre a extensão de um país. É muito. Tivesse decorrido um período de dez minutos entre o desligamento e a percepção, talvez não se pudesse censurar demasiadamente a conduta nessa fase. Mas não. Uma hora, no tempo da aviação, é uma eternidade", afirmou o magistrado na sentença.

Lepore e Paladino, que após o acidente conseguiram aterrissar o jato Legacy em segurança, haviam sido absolvidos da acusação de negligência em processo anterior, em dezembro de 2008, mas no início de 2010 a Justiça anulou a sentença e ordenou um novo julgamento.

São Paulo - A Justiça brasileira condenou nesta segunda-feira a quatro anos e quatro meses de prisão em regime semiabierto os dois americanos que pilotavam o jato Legacy que colidiu com um avião comercial da companhia aérea Gol, em acidente que deixou 154 mortos em 29 de setembro 2006.

O juiz federal Murilo Mendes, do município de Sinop, em Mato Grosso, considerou que os pilotos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino foram negligentes por não terem revisado o funcionamento do equipamento da aeronave encarregado de transmitir aos controladores de voo informações como altitude, velocidade e direção do avião, assim como o sistema que informa ao piloto a existência de outras aeronaves nas proximidades.

Os dois pilotos, porém, não serão presos, já que a sentença substitui a pena por prestação de serviços comunitários em órgãos brasileiros nos Estados Unidos, além da proibição do exercício da profissão.

"Durante uma hora foram passageiros. Tempo aproximado de uma viagem de Porto Alegre a São Paulo. Tempo em que se percorre a extensão de um país. É muito. Tivesse decorrido um período de dez minutos entre o desligamento e a percepção, talvez não se pudesse censurar demasiadamente a conduta nessa fase. Mas não. Uma hora, no tempo da aviação, é uma eternidade", afirmou o magistrado na sentença.

Lepore e Paladino, que após o acidente conseguiram aterrissar o jato Legacy em segurança, haviam sido absolvidos da acusação de negligência em processo anterior, em dezembro de 2008, mas no início de 2010 a Justiça anulou a sentença e ordenou um novo julgamento.