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Isolamento na cidade de São Paulo fica em 48%, abaixo do ideal

A meta do governo é 60% e o número ideal é 70%, a fim de evitar um colapso do sistema de saúde. Mas poucos municípios atingem a meta

Intervenção artística com máscara em estação de metrô em São Paulo (NurPhoto / Colaborador/Getty Images)

João Pedro Caleiro

Publicado em 16 de maio de 2020 às 15h48.

Última atualização em 16 de maio de 2020 às 16h11.

O isolamento social no município de São Paulo estava nesta tarde em 48%, conforme levantamento do Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi-SP) do governo de São Paulo (Simi-SP). Na sexta-feira o isolamento em todo o Estado alcançou 47%.

O Simi-SP aponta que o Estado de São Paulo vem tendo taxas abaixo dos 50% (na última quinta-feira, 14, por exemplo, chegou a 49%). A meta do governo é 60% e o número ideal é 70%, a fim de evitar um colapso do sistema de saúde. Mas poucos municípios atingem a meta.

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Na capital paulista, também diante dos baixos índices de isolamento, o prefeito, Bruno Covas (PSDB), determinou um rodízio que prevê restrição maior de circulação na cidade. Com a medida, a prefeitura quer tirar 50% dos carros das ruas. Carros com placas final par só podem circular em dias pares. E carros com placas final ímpar, em dias ímpares.

A Prefeitura de São Paulo informou na última sexta-feira, 15, ter cadastrado 241.131 placas de veículos isentos das obrigações do novo rodízio.

Segundo a gestão Bruno Covas (PSDB), 71.678 placas cadastradas são de profissionais da área de saúde, enquanto as demais são de outras categorias contempladas, como de trabalhadores dos setores de limpeza urbana, pessoas em tratamento para doenças graves e gestantes, dentre outras.

A adoção de um bloqueio total, que vete qualquer deslocamento que não seja essencial, não está na lista de opções da grande maioria das prefeituras da Grande São Paulo para combater a pandemia do novo coronavírus.

Após o prefeito Bruno Covas (PSDB) declarar que não descarta a possibilidade de adotar o chamado "lockdown", a reportagem procurou os demais municípios da região metropolitana, dos quais apenas um se mostrou favorável (Rio Grande da Serra), enquanto outros 32 são contrários e 5 não responderam.

Para a maioria das prefeituras ouvidas pela reportagem, a possibilidade de bloqueio total deve ser considerada se a ocupação dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) chegar mais perto do limite. O índice é de 85,5% na rede estadual da região, mas chega a 89,9% nos hospitais municipais da capital.

O jornal O Estado de S. Paulo tem divulgado um monitor de isolamento, feito com base em dados da Inloco, empresa de tecnologia que fornece dados de inteligência a partir de localização.

Os dados mostram que o índice de isolamento está em 43,4%, enquanto especialistas falam da necessidade de isolamento próximo aos 70%.

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