Índios fazem manifestações na Esplanada dos Ministérios
Os protestos, que, segundo a Polícia Militar (PM), reuniram cerca de 400 indígenas, chegaram a fechar o trânsito das vias S1 e N1, que cortam a Esplanada
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2013 às 21h18.
Brasília – Índios de mais de 30 etnias fizeram hoje (2) uma série de manifestações na Esplanada dos Ministérios contra projetos de lei que mudam os procedimentos de demarcação de terras indígenas no país. Os protestos , que, segundo a Polícia Militar (PM), reuniram cerca de 400 indígenas, chegaram a fechar o trânsito das vias S1 e N1, que cortam a Esplanada.
No início da tarde, um grupo tentou entrar no Congresso Nacional, mas foram contidos por um forte aparato policial. De acordo com os manifestantes, estimados pela PM em 150, os policiais chegaram a usar spray de pimenta. Na confusão, o índio Renato da Silva Filho ficou ferido, ao se chocar com uma porta de vidro na entrada da Câmara dos Deputados.
Após a confusão, 31 índios, representando as diversas etnias, reuniram-se com o presidente em exercício da Câmara, André Vargas (PT-PR), e parlamentares favoráveis a suas reivindicações. Eles entregaram aos parlamentares um documento pedindo o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e do Projeto de Lei Complementar 227, que alteram as regras de demarcação de terras indígenas.
Enquanto isso, em frente ao Ministério da Justiça, concentraram-se cerca de 250 índios, que entoavam cânticos e carregavam faixas em que pediam o arquivamento das propostas que tratam da demarcação de suas terras. Ao final, eles flecharam e acertaram com bordunas fotografias da presidenta Dilma Rousseff, da ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil da Presidência da República, e da presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e líder da bancada ruralista, senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
Em seguida, os índios dirigiram-se ao Palácio do Planalto. Um grupo tentou pular a grade que protege o prédio e foi detido pela polícia. Houve confusão. Eles foram, então, para o Supremo Tribunal Federal (STF), dançaram em frente ao prédio do Itamaraty e de lá retornaram ao Congresso, onde aguardaram o final da reunião no Congresso.
Em outros estados, também houve manifestações. Na Bahia, índios pataxós e tupinambás bloquearam um trecho da BR-101. Em Santa Catarina, guaranis fecharam um trecho da BR-101, perto do km 233, no topo do Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC). E em Mato Grosso, cerca de 100 xavantes bloquearam parte da BR-070, perto de Primavera do Leste, a 240 quilômetros da capital, Cuiabá.
As manifestações fazem parte da Semana de Mobilização Nacional Indígena, que reúne etnias de todo o país.
Brasília – Índios de mais de 30 etnias fizeram hoje (2) uma série de manifestações na Esplanada dos Ministérios contra projetos de lei que mudam os procedimentos de demarcação de terras indígenas no país. Os protestos , que, segundo a Polícia Militar (PM), reuniram cerca de 400 indígenas, chegaram a fechar o trânsito das vias S1 e N1, que cortam a Esplanada.
No início da tarde, um grupo tentou entrar no Congresso Nacional, mas foram contidos por um forte aparato policial. De acordo com os manifestantes, estimados pela PM em 150, os policiais chegaram a usar spray de pimenta. Na confusão, o índio Renato da Silva Filho ficou ferido, ao se chocar com uma porta de vidro na entrada da Câmara dos Deputados.
Após a confusão, 31 índios, representando as diversas etnias, reuniram-se com o presidente em exercício da Câmara, André Vargas (PT-PR), e parlamentares favoráveis a suas reivindicações. Eles entregaram aos parlamentares um documento pedindo o arquivamento da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e do Projeto de Lei Complementar 227, que alteram as regras de demarcação de terras indígenas.
Enquanto isso, em frente ao Ministério da Justiça, concentraram-se cerca de 250 índios, que entoavam cânticos e carregavam faixas em que pediam o arquivamento das propostas que tratam da demarcação de suas terras. Ao final, eles flecharam e acertaram com bordunas fotografias da presidenta Dilma Rousseff, da ministra Gleisi Hoffmann, chefe da Casa Civil da Presidência da República, e da presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e líder da bancada ruralista, senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
Em seguida, os índios dirigiram-se ao Palácio do Planalto. Um grupo tentou pular a grade que protege o prédio e foi detido pela polícia. Houve confusão. Eles foram, então, para o Supremo Tribunal Federal (STF), dançaram em frente ao prédio do Itamaraty e de lá retornaram ao Congresso, onde aguardaram o final da reunião no Congresso.
Em outros estados, também houve manifestações. Na Bahia, índios pataxós e tupinambás bloquearam um trecho da BR-101. Em Santa Catarina, guaranis fecharam um trecho da BR-101, perto do km 233, no topo do Morro dos Cavalos, em Palhoça (SC). E em Mato Grosso, cerca de 100 xavantes bloquearam parte da BR-070, perto de Primavera do Leste, a 240 quilômetros da capital, Cuiabá.
As manifestações fazem parte da Semana de Mobilização Nacional Indígena, que reúne etnias de todo o país.