Governo quita dívida de R$ 500 milhões com Mercosul e terá direito a novos financiamentos
Com a quitação do débito, o Brasil terá direito a R$ 350 milhões para financiar projetos em municípios brasileiros na regiões de fronteira com os países do Bloco
Reporter colaborador, em Brasília
Publicado em 20 de abril de 2023 às 12h56.
Última atualização em 20 de abril de 2023 às 12h57.
O governo federal anunciou nesta quarta-feira, 20, quequitou uma dívida de R$ 500 milhões do Brasilcom o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem).
O país não fazia os aportes acordados para o fundo desde a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
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De acordo com os Ministérios das Relações Exteriores e do Planejamento e Orçamento, com o pagamento da dívida,o Brasil poderá acessar R$ 350 milhões para financiar projetos em municípios brasileiros em regiões de fronteira com os países do Mercosul,cujos fundadores são Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina.
Projetos podem ser contemplados em áreas como infraestrutura urbana, segurança, saneamento básico e saúde.
Em nota conjunta divulgada, as pastas afirmam que a quitação da dívida do Brasil junto ao FOCEM “reforça o compromisso do governo federal com a integração regional e permite a reativação desse mecanismo estratégico, a fim de financiar projetos de integração da infraestrutura regional e diminuir as assimetrias entre os países do Mercosul”.
Débitos internacionais
Desde o início do terceiro mandato, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem feito esforços para quitar dívidas com organismos internacionais. No entanto, o valor pago representa pouco mais de 10% dos débitos.A soma dos débitos internacionais chega a 4,8 bilhões.
Anteriormente, segundo balanço apresentado em 10 de abril, quando a gestão completou 100 dias,também haviam sido quitados R$ 526 milhõesem pagamentos a organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Mundial do Comércio (OMS).
O que é o Fundo Para Convergência do Mercosul
O FOCEM foi criado em 2004, com objetivo de financiar programas para promover a convergência estrutural e desenvolver a competitividade dos países do bloco econômico, e promover a coesão social, em particular das economias menores e regiões menos desenvolvidas, além de apoiar o funcionamento da estrutura institucional e o fortalecimento do Mercosul.
Os fundos são destinados aos países do bloco, e entregues em caráter de doação não reembolsável para financiar até 85% do valor elegível por eles apresentados.