Governo está aquém do prometido e não há razão para ter 100% de popularidade, diz Lula
Presidente voltou a dizer que ao longo deste ano ações de seu governo iniciadas em 2023 começarão a dar resultado
Agência de notícias
Publicado em 11 de março de 2024 às 18h07.
Última atualização em 11 de março de 2024 às 18h10.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva , disse em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira, 11, ao SBT que seu governo ainda está aquém do que prometeu. O canal de televisão divulgou trechos da entrevista em seu site, prevista para ir ao ar na íntegra às 19h45 (de Brasília).
Pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias mostram o governo em um momento de baixa na popularidade.
"Você utiliza a pesquisa como instrumento de ação e mudança da sua estratégia de governo ", declarou o Lula. "Eu tenho certeza absoluta que não tem nenhuma razão para o povo brasileiro me dar 100% de popularidade porque ainda estamos muito aquém daquilo que prometemos", disse o presidente da República.
Ele voltou a dizer que ao longo deste ano ações de seu governo iniciadas em 2023 começarão a dar resultado.
Polarização
Na mesma entrevista, Lula afirmou que o Brasil está polarizado entre duas pessoas (ele e o ex-presidente Jair Bolsonaro), não entre dois partidos.
"Agora o Brasil está polarizado entre duas pessoas, não são nem dois partidos. Porque o meu partido o PT existe, o partido dele PL não existe. É uma legenda eminentemente eleitoral", disse o presidente da República.
E declarou: "Essa polarização é boa se a gente souber trabalhar os neutros para que a gente possa construir maioria e governar o Brasil. Acho que o mundo vai continuar assim, o mundo está polarizado em todos os continentes."
Economia
O presidente também reforçou o compromisso do governo em baratear alimentos."Temos que baratear produtos e temos que baratear os alimentos. A economia cresceu melhor do que aquilo que o FMI previa, ou que os pessimistas previam, mas ainda está muito longe de ser a economia que eu pretendo", afirmou o presidente da República.
E declarou: "A economia está bem, mas está tão bem quanto a gente espera que ele esteja porque vamos trabalhar para a economia ficar muito melhor."