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Gleisi acusa TRF-4 de criar "cortina de fumaça" usando ameaças

Presidente do PT afirmou que a justiça precisa desviar as atenções da "ausência de provas" contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Gleisi Hoffmann: "o PT não faz ameaças. O presidente do TRF-4 quer criar uma cortina de fumaça e tirar o foco do julgamento" (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2018 às 09h51.

Brasília - A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), chamou de "cortina de fumaça" a acusação de que os desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, estão sofrendo ameaças.

Para Gleisi, isso ocorre porque o presidente do TRF-4, Carlos Eduardo Thompson Flores, está com "um pepino" nas mãos e precisa desviar as atenções da "ausência de provas" contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva .

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"O PT não faz ameaças. O presidente do TRF-4 quer criar uma cortina de fumaça e tirar o foco do julgamento em si porque, na realidade, ele está com um pepino lá, que é um processo pelo qual não tem como condenar o Lula, por absoluta ausência de provas. Aliás, ausência de crime", disse Gleisi.

"Então, como de outras vezes, o desembargador está fazendo uma ação política. Não é papel dele cuidar disso."

A senadora não descartou a possibilidade de haver "infiltrados" nas manifestações programadas para o próximo dia 24 - data do julgamento de Lula -, mas ressalvou que o partido já pediu providências ao governo do Rio Grande do Sul e ao comando da Brigada Militar.

Gleisi afirmou que o PT solicitou à cúpula da polícia gaúcha atenção especial à presença de eventuais provocadores nos atos em defesa de Lula.

"Eles têm inteligência e têm como separar as pessoas infiltradas dos manifestantes, para não acontecer o que ocorreu aqui em Brasília, durante protesto contra a reforma da Previdência", disse a senadora.

Sem esconder a contrariedade com comentários de que o PT partirá para a violência caso o ex-presidente seja condenado na segunda instância judicial, Gleisi disse que o partido sempre orientou os militantes a promover manifestações pacíficas.

"Da nossa parte, todos podem ficar muito tranquilos", disse ela. "Se houver ato de violência, de vandalismo, não será cometido pelo PT." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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