Gestores buscam fontes para tornar Maracanã mais viável
Será feito um estudo para estabelecer fontes seguras de receitas e caminhos a seguir para que a arena seja viável economicamente
Da Redação
Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 14h28.
São Paulo - Em meio à polêmica em que se envolveram com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) por causa do preço dos ingressos das partidas de Flamengo e Fluminense no Campeonato Carioca no local, os gestores do Maracanã querem saber quanto vale a marca do mais famoso estádio do mundo.
Para isso, encomendaram um estudo que fará essa avaliação e, a partir dela, estabelecer fontes seguras de receitas e caminhos a seguir para que a arena seja viável economicamente.
O estudo vai ser concluído em meados de março e está sendo feito pela BDO, em parceria com a Universidade de Massachusetts - nos Estados Unidos e na Europa é comum esse tipo de trabalho relacionado às arenas.
"Vamos ter um diagnóstico preciso e a partir daí será possível fazer um trabalho para que se possa atingir o potencial máximo do estádio", explicou Pedro Daniel, consultor da BDO.
O trabalho já concluiu que há dois bons nichos relacionados à operação do Maracanã: o relacionamento com os proprietários de cadeiras cativas e as visitas ao estádio. O Maracanã é o terceiro ponto turístico mais procurado no Rio de Janeiro, atrás do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar.
"E nos dias de chuva é o primeiro", acrescentou Daniel. Só no último mês de janeiro, 40 mil pessoas fizeram o tour pelo estádio - e, claro, geraram uma boa receita com a compra de produtos.
O diretor de negócios da concessionária que administra o Maracanã, Marcelo Frazão, diz que a utilização do espaço como centro de eventos corporativos e para grandes shows e também a exploração do ginásio Maracanãzinho são outras opções também interessantes do ponto de vista econômico.
Ele diz que a polêmica atual envolvendo o preço dos ingressos não causará prejuízos à imagem da arena.
"Mesmo porque uma coisa é a concessionária e outra é a marca. Mas na nossa avaliação, o impacto com os torcedores foi mais positivo do que negativo, pois mostrou que zelamos pelos nossos parceiros (Flamengo e Fluminense)".
Frazão não tem dúvidas de que o Maracanã é viável como negócio, mas isso passa pelo conceito multiuso. As receitas com o futebol ainda são irregulares. "Ainda vai ter um tempo de maturação do produto futebol", acreditou.
Segundo os seus cálculos, um jogo no Maracanã só é lucrativo com público mínimo entre 25 e 30 mil pessoas.
Por isso, ainda não se tem a melhor forma do utilizar o estádio, principalmente em partidas de menor apelo. No dia 4, por exemplo, quando o Flamengo venceu o Barra Mansa por 4 a 0, apenas 25 mil ingressos foram colocados à venda, para dois únicos setores.
Mas o público pagante foi de 12.933 pessoas. "No Brasileiro a situação melhora. Mas é correto pensar que o Maracanã deveria ser preservado para os grandes jogos", disse Frazão.
São Paulo - Em meio à polêmica em que se envolveram com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) por causa do preço dos ingressos das partidas de Flamengo e Fluminense no Campeonato Carioca no local, os gestores do Maracanã querem saber quanto vale a marca do mais famoso estádio do mundo.
Para isso, encomendaram um estudo que fará essa avaliação e, a partir dela, estabelecer fontes seguras de receitas e caminhos a seguir para que a arena seja viável economicamente.
O estudo vai ser concluído em meados de março e está sendo feito pela BDO, em parceria com a Universidade de Massachusetts - nos Estados Unidos e na Europa é comum esse tipo de trabalho relacionado às arenas.
"Vamos ter um diagnóstico preciso e a partir daí será possível fazer um trabalho para que se possa atingir o potencial máximo do estádio", explicou Pedro Daniel, consultor da BDO.
O trabalho já concluiu que há dois bons nichos relacionados à operação do Maracanã: o relacionamento com os proprietários de cadeiras cativas e as visitas ao estádio. O Maracanã é o terceiro ponto turístico mais procurado no Rio de Janeiro, atrás do Cristo Redentor e do Pão de Açúcar.
"E nos dias de chuva é o primeiro", acrescentou Daniel. Só no último mês de janeiro, 40 mil pessoas fizeram o tour pelo estádio - e, claro, geraram uma boa receita com a compra de produtos.
O diretor de negócios da concessionária que administra o Maracanã, Marcelo Frazão, diz que a utilização do espaço como centro de eventos corporativos e para grandes shows e também a exploração do ginásio Maracanãzinho são outras opções também interessantes do ponto de vista econômico.
Ele diz que a polêmica atual envolvendo o preço dos ingressos não causará prejuízos à imagem da arena.
"Mesmo porque uma coisa é a concessionária e outra é a marca. Mas na nossa avaliação, o impacto com os torcedores foi mais positivo do que negativo, pois mostrou que zelamos pelos nossos parceiros (Flamengo e Fluminense)".
Frazão não tem dúvidas de que o Maracanã é viável como negócio, mas isso passa pelo conceito multiuso. As receitas com o futebol ainda são irregulares. "Ainda vai ter um tempo de maturação do produto futebol", acreditou.
Segundo os seus cálculos, um jogo no Maracanã só é lucrativo com público mínimo entre 25 e 30 mil pessoas.
Por isso, ainda não se tem a melhor forma do utilizar o estádio, principalmente em partidas de menor apelo. No dia 4, por exemplo, quando o Flamengo venceu o Barra Mansa por 4 a 0, apenas 25 mil ingressos foram colocados à venda, para dois únicos setores.
Mas o público pagante foi de 12.933 pessoas. "No Brasileiro a situação melhora. Mas é correto pensar que o Maracanã deveria ser preservado para os grandes jogos", disse Frazão.