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O esvaziamento do PT

O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff faz um mês hoje, e o esfacelamento do PT vai ganhando força dia após dia. Este mês, dois ex-ministros do partido tiveram pedidos de prisão decretados pela Lava-Jato e o ex-presidente Lula apontado como chefe da quadrilha pelo Ministério Público. A dois dias das eleições, em apenas seis capitais o […]

LULA: em um partido que perdeu força política, o ex-presidente já não tem o apelo de anos anteriores / Victor Moriyama/Getty Images
DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2016 às 21h13.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h23.

O impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff faz um mês hoje, e o esfacelamento do PT vai ganhando força dia após dia. Este mês, dois ex-ministros do partido tiveram pedidos de prisão decretados pela Lava-Jato e o ex-presidente Lula apontado como chefe da quadrilha pelo Ministério Público. A dois dias das eleições, em apenas seis capitais o partido tem um candidato entre os três primeiros nas pesquisas, e só em Rio Branco, no Acre, o PT está na dianteira.

O número de candidaturas à prefeitura nas eleições deste ano é 35,5% menor do que era em 2012. Além da diminuição de candidaturas, levantamentos apontam que cerca de 20% dos 638 prefeitos do paritdo deixaram ou foram expulsos em 2016. A legenda é a quinta com o maior número de cabeças de chapa, atrás de PMDB, que conta com mais de 2.000 candidatos, PP, PSDB e PDT.

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De certa forma, é comum que um partido que termine um ciclo político tão grande perca apelo. Aconteceu com o PSDB após a saída da presidência. Mas o PT sofrerá um golpe inédito. “O PT vai reduzir de tamanho pela metade nos municípios, o que dificultará muito a retomada nas eleições presidenciais de 2018”, diz Lucas de Aragão, cientista político da Arko Advice e colunista de EXAME Hoje.

Neste processo até 2018, a falta de liderança pode ser fatal. Nesta semana, foi a vez do ex-ministro Antonio Palocci ser preso acusado de corrupção, se juntando a nomes históricos do partido como José Genoíno e José Dirceu. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem grandes chances de ser preso nos próximos dois anos. Mas sua imagem está longe de servir como o impulso que o partido precisa – esta semana, em São Paulo, o candidato Fernando Haddad não quis usar usa imagem em sua campanha. Alguns dos nomes cogitados para 2018 são os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Jaques Wagner. Está longe de ser o cenário dos sonhos para um partido que 30 dias atrás ocupava a presidência.

 

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