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Estudante atacado por PM em GO está consciente, mas tem pneumonia

Universitário foi atingido por um cassetete no final da manifestação nacional do dia 28, no centro de Goiânia

Mateus Ferreira da Silva: estudante está internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), registrando melhora progressiva (Facebook/Reprodução)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de maio de 2017 às 12h31.

São Paulo - O estudante de Ciências Sociais Mateus Ferreira da Silva, de 33 anos, foi diagnosticado na noite de quarta-feira, 3, com pneumonia e permanecerá com ventilação mecânica.

O universitário foi atingido pelo cassetete do capitão da Polícia Militar de Goiás Augusto Sampaio de Oliveira no final da manifestação nacional do dia 28, no centro de Goiânia.

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Desde então está internado em estado grave no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), registrando melhora progressiva, mas ainda sem previsão de alta.

De acordo com o hospital, nesta quarta-feira, 3, Silva permanecia com sedação leve e estava consciente. Ainda não há previsão para novos procedimentos cirúrgicos, ele teve diversos traumas em decorrência da agressão. Vários ossos que contornam o nariz foram refeitos, a clavícula ainda está quebrada e parte do osso frontal (testa) foi retirado, exigindo reconstituição cirúrgica das membranas que protegem o cérebro, área que aguarda reconstrução.

O quadro de saúde do jovem é estável, mas grave, por isso, ele continua internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o paciente está sendo acompanhado diariamente durante 12 horas por dois familiares.

Afastamento

Na segunda-feira, dia 1º, a Polícia Militar do Estado de Goiás retirou do serviço de ruas o capitão Oliveira Neto filmado atingindo Silva. O PM permanece em funções administrativas dentro da corporação.

A decisão pelo afastamento do policial ocorreu após a repercussão da agressão. Além de Silva, pelas redes sociais circulam imagens de quatro PMs batendo em uma jovem caída no chão. O próprio capitão é flagrado empurrando manifestantes.

O afastamento do oficial será por 30 dias enquanto durar um inquérito policial militar (IPM) cuja conclusão vai para o Poder Judiciário. O capitãojá havia sido denunciado por outras três agressões, uma delas envolvendo menores de 18 anos. Segundo a sua ficha funcional, o policial nunca sofreu uma punição, recebeu diversas condecorações e 34 elogios.

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