Brasil

Enredo sobre minha citação na Lava Jato é falso, diz Maia

O presidente da Câmara afirmou ainda que "não teme" a Operação

Maia: ele voltou a afirmar também que a Câmara deve ser "reformista" e precisa atuar com mais protagonismo

Maia: ele voltou a afirmar também que a Câmara deve ser "reformista" e precisa atuar com mais protagonismo

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 17h53.

Brasília - O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta quinta-feira que "não teme" a Operação Lava Jato. Recém-eleito, o democrata foi citado em um acordo de delação premiada da Odebrecht. "O enredo sobre a minha citação é falso", declarou à imprensa.

Para Maia, caberá ao novo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, decidir se divulga ou não o conteúdo dos 77 depoimentos da Odebrecht. "A independência do relator tomar todas essas decisões é importante", avaliou Maia.

Maia não quis comentar a iniciativa do senador Romero Jucá (PMDB-RR) de apresentar um projeto para quebrar o sigilo de todas as delações. "Primeiro eu preciso ler o teor do projeto", respondeu. O novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), já sinalizou apoio ao texto.

Sobre a ida de Fachin para a relatoria da Lava Jato STF, por meio de sorteio, na manhã desta quinta-feira, Maia declarou que não cabe ao presidente da Câmara analisar a escolha. Ele elogiou a conduta de todos os ministros da Corte e considerou que todos possuem qualidades para exercer a função.

Reformas

Maia voltou a afirmar que a Câmara deve ser "reformista" e precisa atuar com mais protagonismo. "Precisamos terminar 2018 com a certeza de que a Casa comanda a reforma do Estado brasileiro", declarou.

Ele confirmou que a comissão especial da reforma previdenciária será instalada na próxima semana, sob relatoria de Arthur Maia (PPS-BA).

Para Maia, foi justamente a condução das matérias econômicas do governo durante a sua gestão que garantiu apoio absoluto da base aliada e da sociedade.

Ele espera que a reforma da previdência seja finalizada "o mais rápido possível", porém com tempo suficiente para ampliar o debate sobre o assunto "polêmico". Pelos cálculos do presidente, a tramitação da reforma da previdência deve ser encerrada na Casa até a metade do ano.

Outra prioridade do democrata será a reforma trabalhista. Após ser eleito, Maia afirmou que a comissão especial da proposta também deverá ser instalada em breve, com a designação de Rogério Marinho (PSDB-RN) para a relatoria.

Alinhado com o governo, o democrata disse que buscava alguém com tendência liberal para a vaga. Até o final de sua nova gestão, ele planeja ainda discutir o pacto federativo e a reforma política.

Maia, que venceu a eleição em primeiro turno, com 293 votos, afirmou que o resultado não o surpreendeu. "Eu tinha uma expectativa de 300 votos, mas voto secreto sempre tem uma perda, é natural. O importante é que eu venci. Se tivesse tido a quantidade mínima para me eleger, 253 votos, já estaria satisfeito", declarou.

Mais de Brasil

Unimos uma frente ampla contra uma ameaça maior, diz Nunes ao oficializar candidatura em SP

Após ser preterido por Bolsonaro, Salles se filia ao partido Novo de olho em 2026

Governo Lula é aprovado por 35% e reprovado por 33%, aponta pesquisa Datafolha

Vendavais podem atingir grande parte do Nordeste e Sul; veja previsão

Mais na Exame