Boa educação no Brasil só sem pobreza, diz americano
O professor americano Martin Carnoy, da Universidade de Stanford, defende em visita ao Brasil que é preciso acabar com a pobreza para melhorar a educação nacional
Da Redação
Publicado em 15 de agosto de 2013 às 10h46.
São Paulo - Enquanto houver crianças pobres frequentando as escolas brasileiras, o sistema educacional do país não irá atingir um nível de excelência. A afirmação é de Martin Carnoy, professor da Escola de Educação de Stanford, que é categórico ao afirmar que todo o dinheiro do mundo não será suficiente para melhorar o sistema educacional a menos que haja uma mudança profunda na sociedade brasileira.
Pesquisador da educação nacional desde os anos 1960, Carnoy falou nesta quarta-feira a uma plateia de professores e profissionais ligados ao setor de educação em um seminário promovido pelo Centro Lemann para o Empreendedorismo e Inovação na Educação Brasileira.
Com base em suas pesquisas, o professor afirmou que o país não poderá ter um bom sistema educacional público antes de que o problema da pobreza seja resolvido.
"Quanto mais crianças pobres, pior o sistema", disse Carnoy. Ele explica que a educação é puxada pela parte inferior, e não pelos exemplos de sucesso, isto é, ela nivelada por baixo. Além disso, ao contrário do que é comumente defendido, Carnoy acredita que a pobreza não vai ser resolvida pela educação, porque esse é o caminho mais caro.
"Não é barato resolver o problema da pobreza de um país pela educação, é preciso começar logo na educação infantil, quando a criança tem 3 anos de idade, com um ensino estimulante e de extrema qualidade", explica.
Ele defende que o melhor caminho é o das mudanças na sociedade como um todo, oferecendo melhores condições de saúde, nutrição e segurança, por exemplo.
"Os sistemas educacionais estão profundamente mergulhados e conectados com as sociedades em que estão inseridos. Se a sociedade vai mal, a educação vai também", afirma o professor.Para ele, mudanças fundamentais na educação precisam ser puxadas por mudanças profundas na sociedade.
O uso da tecnologia, tão aclamado como a solução para todos os problemas, também é colocado em uma posição secundária por Carnoy. "Não há tecnologia que substitua um bom professor e não há um bom sistema educacional sem bons professores", encerra.
São Paulo - Enquanto houver crianças pobres frequentando as escolas brasileiras, o sistema educacional do país não irá atingir um nível de excelência. A afirmação é de Martin Carnoy, professor da Escola de Educação de Stanford, que é categórico ao afirmar que todo o dinheiro do mundo não será suficiente para melhorar o sistema educacional a menos que haja uma mudança profunda na sociedade brasileira.
Pesquisador da educação nacional desde os anos 1960, Carnoy falou nesta quarta-feira a uma plateia de professores e profissionais ligados ao setor de educação em um seminário promovido pelo Centro Lemann para o Empreendedorismo e Inovação na Educação Brasileira.
Com base em suas pesquisas, o professor afirmou que o país não poderá ter um bom sistema educacional público antes de que o problema da pobreza seja resolvido.
"Quanto mais crianças pobres, pior o sistema", disse Carnoy. Ele explica que a educação é puxada pela parte inferior, e não pelos exemplos de sucesso, isto é, ela nivelada por baixo. Além disso, ao contrário do que é comumente defendido, Carnoy acredita que a pobreza não vai ser resolvida pela educação, porque esse é o caminho mais caro.
"Não é barato resolver o problema da pobreza de um país pela educação, é preciso começar logo na educação infantil, quando a criança tem 3 anos de idade, com um ensino estimulante e de extrema qualidade", explica.
Ele defende que o melhor caminho é o das mudanças na sociedade como um todo, oferecendo melhores condições de saúde, nutrição e segurança, por exemplo.
"Os sistemas educacionais estão profundamente mergulhados e conectados com as sociedades em que estão inseridos. Se a sociedade vai mal, a educação vai também", afirma o professor.Para ele, mudanças fundamentais na educação precisam ser puxadas por mudanças profundas na sociedade.
O uso da tecnologia, tão aclamado como a solução para todos os problemas, também é colocado em uma posição secundária por Carnoy. "Não há tecnologia que substitua um bom professor e não há um bom sistema educacional sem bons professores", encerra.