Exame Logo

Dirceu vai ficar em silêncio na CPI da Petrobras, diz defesa

Nesta quinta-feira, 27, a CPI da Petrobras aprovou novos requerimentos de convocação, entre eles o do ex-ministro

José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil: "ele (Dirceu) vai acatar a intimação, mas não posso permitir que ele fale à Comissão Parlamentar de Inquérito antes de falar ao juízo" (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2015 às 17h21.

São Paulo - O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu vai ficar em silêncio na CPI da Petrobras. A informação é do advogado penalista Roberto Podval, defensor de Dirceu .

"Em respeito à CPI, naturalmente, ele (Dirceu) vai acatar a intimação, mas não posso permitir que ele fale à Comissão Parlamentar de Inquérito antes de falar ao juízo", declarou Podval, em referência a Sérgio Moro, magistrado da Operação Lava Jato, que decretou a prisão do ex-ministro, dia 3 de agosto, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

Nesta quinta-feira, 27, a CPI da Petrobras aprovou novos requerimentos de convocação, entre eles o do ex-ministro. Os depoimentos serão colhidos na próxima semana, quando a comissão se deslocará a Curitiba, base da Lava Jato.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal suspeitam que Dirceu recebeu propinas do esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. A força-tarefa da Lava Jato afirma que Dirceu foi o 'instituidor' do esquema de cartel e propinas na estatal.

"Ele (Dirceu) é obrigado a comparecer à CPI, não tem opção", declarou Roberto Podval. "Mas acho prematura essa convocação porque o ex-ministro sequer foi denunciado pela Procuradoria da República. Dirceu é investigado, está preso, mas não é réu. Até por respeito ao próprio Judiciário não pode falar à CPI antes de falar com o juiz (Sérgio Moro). Esta é a minha orientação."

Podval disse que 'não há necessidade' de ingressar com habeas corpus para assegurar a Dirceu o direito ao silêncio diante dos deputados.

"Dirceu tem direito a ficar em silêncio. Tenho certeza que a CPI respeita as leis que o próprio Congresso fez. Não tenho dúvida que os deputados irão respeitar o silêncio previsto na Constituição. Não pretendo entrar com habeas corpus."

O penalista avalia que é 'falta de respeito' com o juiz Dirceu falar antes à CPI. "Dirceu não pode falar agora à CPI, um depoimento político não pode anteceder um depoimento jurídico."

Veja também

São Paulo - O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu vai ficar em silêncio na CPI da Petrobras. A informação é do advogado penalista Roberto Podval, defensor de Dirceu .

"Em respeito à CPI, naturalmente, ele (Dirceu) vai acatar a intimação, mas não posso permitir que ele fale à Comissão Parlamentar de Inquérito antes de falar ao juízo", declarou Podval, em referência a Sérgio Moro, magistrado da Operação Lava Jato, que decretou a prisão do ex-ministro, dia 3 de agosto, por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

Nesta quinta-feira, 27, a CPI da Petrobras aprovou novos requerimentos de convocação, entre eles o do ex-ministro. Os depoimentos serão colhidos na próxima semana, quando a comissão se deslocará a Curitiba, base da Lava Jato.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal suspeitam que Dirceu recebeu propinas do esquema de corrupção instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. A força-tarefa da Lava Jato afirma que Dirceu foi o 'instituidor' do esquema de cartel e propinas na estatal.

"Ele (Dirceu) é obrigado a comparecer à CPI, não tem opção", declarou Roberto Podval. "Mas acho prematura essa convocação porque o ex-ministro sequer foi denunciado pela Procuradoria da República. Dirceu é investigado, está preso, mas não é réu. Até por respeito ao próprio Judiciário não pode falar à CPI antes de falar com o juiz (Sérgio Moro). Esta é a minha orientação."

Podval disse que 'não há necessidade' de ingressar com habeas corpus para assegurar a Dirceu o direito ao silêncio diante dos deputados.

"Dirceu tem direito a ficar em silêncio. Tenho certeza que a CPI respeita as leis que o próprio Congresso fez. Não tenho dúvida que os deputados irão respeitar o silêncio previsto na Constituição. Não pretendo entrar com habeas corpus."

O penalista avalia que é 'falta de respeito' com o juiz Dirceu falar antes à CPI. "Dirceu não pode falar agora à CPI, um depoimento político não pode anteceder um depoimento jurídico."

Acompanhe tudo sobre:José DirceuOperação Lava JatoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame