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Dilma cobra Mantega por declaração, dizem fontes

Ministro da Fazenda afirmou que a economia brasileira cresce com as pernas "mancas"

Guido Mantega: decalração do ministro provocou desconforto dentro do governo (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 17h36.

Brasília - A declaração do ministro da Fazenda, Guido Mantega , dizendo que a economia brasileira cresce com as pernas "mancas" provocou desconforto dentro do governo . Durante vários eventos de recepção ao presidente da França, François Hollande, ministros criticaram entre si a fala do ministro, dizendo que ela não ajudava em nada num momento em que o governo luta para passar credibilidade e confiança na economia.

Segundo fontes do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff ligou na manhã desta quinta-feira, 12, para Mantega para reclamar da comparação. Através de sua assessoria de imprensa, o ministro, porém, negou que tivesse sofrido qualquer cobrança da presidente sobre o assunto.

Um ministro próximo de Dilma não escondia a insatisfação com a comparação feita por Mantega. A imagem das "pernas mancas" foi utilizada para explicar que o Brasil está precisando enfrentar, de um lado, o escasso financiamento ao consumo, e de outro a crise internacional. "A gente fica fazendo força para remar para um lado e ele vem e fala isso?", lamentou.

Na prática, o governo tem insistido, por orientação da própria Dilma, em reforçar a imagem de preocupação fiscal e aumento de credibilidade nas suas ações. A ideia é que isso amplie a confiança dos investidores e do mercado no País, prejudicada por previsões que não se concretizam na economia, além de manobras contábeis. Um dos movimentos mais visíveis foi o pacto antigasto firmado diretamente por Dilma com sua base aliada no Congresso para evitar a aprovação de projetos que aumentassem despesas do governo. O compromisso seria uma maneira de tranquilizar o mercado, mas depende muito mais de os partidos aliados apoiarem a ideia do que de um esforço do Palácio do Planalto.

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Segundo fontes do Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff ligou na manhã desta quinta-feira, 12, para Mantega para reclamar da comparação. Através de sua assessoria de imprensa, o ministro, porém, negou que tivesse sofrido qualquer cobrança da presidente sobre o assunto.

Um ministro próximo de Dilma não escondia a insatisfação com a comparação feita por Mantega. A imagem das "pernas mancas" foi utilizada para explicar que o Brasil está precisando enfrentar, de um lado, o escasso financiamento ao consumo, e de outro a crise internacional. "A gente fica fazendo força para remar para um lado e ele vem e fala isso?", lamentou.

Na prática, o governo tem insistido, por orientação da própria Dilma, em reforçar a imagem de preocupação fiscal e aumento de credibilidade nas suas ações. A ideia é que isso amplie a confiança dos investidores e do mercado no País, prejudicada por previsões que não se concretizam na economia, além de manobras contábeis. Um dos movimentos mais visíveis foi o pacto antigasto firmado diretamente por Dilma com sua base aliada no Congresso para evitar a aprovação de projetos que aumentassem despesas do governo. O compromisso seria uma maneira de tranquilizar o mercado, mas depende muito mais de os partidos aliados apoiarem a ideia do que de um esforço do Palácio do Planalto.

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