Brasil

Custo de vida da na Região Metropolitana de SP tem seu maior aumento em 12 anos

Entre os principais motivos para a elevação dos custos na RMSP estão as consequências provocadas pela pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia

Somente em abril, a variação acumulada de 12 meses foi de 12,04% (DircinhaSW/Getty Images)

Somente em abril, a variação acumulada de 12 meses foi de 12,04% (DircinhaSW/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 19h53.

O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) teve o seu maior aumento em 12 anos, segundo o levantamento mensal da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Custo de Vida Por Classe Social (CVCS).

Somente em abril, a variação acumulada de 12 meses foi de 12,04%. Entre os principais motivos para a elevação dos custos na RMSP estão as consequências provocadas pela pandemia de covid-19 e a guerra na Ucrânia. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o Boletim de Preços Trimestral da FecomercioSP, o conflito entre Ucrânia e Rússia foi a surpresa negativa do ano, com um impacto forte inicial que levou a um pico dos preços por volta do meio de 2022. Como resultado direto dos impactos da guerra, o grupo de alimentos teve o seu ponto mais alto em junho dentro de um período de 12 meses, com um crescimento dos preços de 13,18%.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo toda manhã no seu e-mail. Cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

Commodities agrícolas como soja, milho e trigo pressionaram os preços nos supermercados, os quais tiveram um aumento generalizado nos itens analisados, no ano.

Os grupos de transporte e habitação também apresentaram altas consideráveis, devido ao valor do petróleo no mercado, elevando o custo de combustíveis (gasolina e óleo diesel) e gás de botijão. O grupo de transportes chegou a um pico de 21,51% de aumento, em junho, enquanto habitação teve um ápice de 14,09% no encarecimento dos preços durante fevereiro. As taxas de ambos os grupos foram calculadas para uma variação dentro de 12 meses.

O CVCS indica que os preços estão finalmente se acomodando e que o início de 2023 pode marcar retorno a um patamar mais modesto nos diversos grupos. No entanto, vale ressaltar que ainda há dois grupos que tiveram seus picos apenas recentemente: vestuário e saúde. O primeiro grupo teve seu pico mês passado, com 18,20%, enquanto o outro teve um pico de 11,18%, também em novembro.

Acompanhe tudo sobre:Estado de São Paulo

Mais de Brasil

Após sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’, Lula cria Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia

Coalizão lança manifesto assinado por mais de 60 entidades contra decisão de Zuckerberg sobre Meta

Ministro da Defesa reforça apoio às investigações do 8/1: ‘Essa será a grande festa’