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Crise na Petrobras pode piorar ambiente político, diz Fitch

A agência ponderou, no entanto, que a nota BBB do Brasil está mantida


	Fitch: a agência destacou ainda que assumiu como premissa que o país dará forte apoio à Petrobras
 (Brendan McDermid/Reuters)

Fitch: a agência destacou ainda que assumiu como premissa que o país dará forte apoio à Petrobras (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 9 de abril de 2015 às 14h40.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff enfrenta diversos desafios em seu segundo mandato, como um recorde de baixa popularidade, um Congresso fragmentado e em confronto com o governo e há possibilidade de o ambiente político se deteriorar ainda mais, avalia a agência de classificação de risco Fitch, no relatório em que revisou a perspectiva do rating BBB do Brasil de estável para negativa.

"As contínuas investigações da Petrobras têm potencial para contaminar ainda mais o ambiente político interno. Como tal, o governo pode enfrentar desafios em progredir a sua agenda legislativa, o que é importante para fazer face às suas metas fiscais e restaurar a confiança", escreveram os analistas da Fitch.

A agência ponderou, no entanto, que a nota BBB do Brasil está mantida por fatores como a diversidade econômica do país, a forte capacidade de enfrentar choques externos e um sistema bancário adequadamente capitalizado para apoiar o seu perfil de crédito.

"Além disso, a composição da dívida do governo tem melhorado nos últimos anos, reduzindo riscos no câmbio e nos juros", escreveram os analistas.

A Fitch disse também que, apesar do ambiente político e econômico desafiador, o país está entrando em um processo de ajustamento econômico, que, caso se efetive, irá melhorar "a consistência e a credibilidade política".

A agência destacou ainda que assumiu como premissa que o país dará forte apoio à Petrobras.

Seu cenário base não considera uma aceleração na dívida da companhia no exterior neste ano, embora o risco de isso ocorrer, ressalta a agência, possa aumentar caso o balanço de 2014 auditado não seja publicado em tempo hábil.

Além disso, a Fitch acrescenta que não considera em suas projeções para 2015 e 2016 um possível racionamento de energia elétrica.

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