A proposta, de autoria do deputado Fábio Felix (PSOL), foi avalizada na sessão de hoje por quatro deputados distritais (Alan Santos/PR/Flickr)
Agência de notícias
Publicado em 18 de maio de 2023 às 15h13.
Última atualização em 18 de maio de 2023 às 16h16.
Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid foi convocado nesta quinta-feira a prestar depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Segundo o requerimento aprovado hoje, Cid deverá prestar esclarecimentos "sobre os fatos ocorridos nos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro". A "convocação" obriga o depoente a comparecer à comissão, a não ser que ele consiga uma decisão judicial liberando-o do compromisso.
A proposta, de autoria do deputado Fábio Felix (PSOL), foi avalizada na sessão de hoje por quatro deputados distritais. Outros três integrantes da CPI se ausentaram na hora da deliberação.
Cid será instado a dar explicações sobre as mensagens de cunho golpista enviadas a ele pelo major expulso do Exército Ailton Barros. Conforme revelou "O Globo", Barros pediu orientações a Cid para saber como deveria proceder em relação aos organizadores dos atos de 7 de setembro de 2021, com quem ele havia feito contato e que tinham como pauta a "saída" dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.
Segundo a PF, há fortes indícios de que Barros se "dispôs a incitar grupos de manifestantes para aderirem a pautas antidemocráticas do interesse do ex-presidente da República".
Mauro Cid e Ailton Barros estão presos há duas semanas por suspeita de inserção de dados falsos no cartão de vacinação do ex-presidente e seus familiares. Os dois são investigados em um inquérito que apura os crimes de infração de medida sanitária preventiva e associação criminosa.
Já as mensagens golpistas encontradas no celular de Barros foram encaminhadas ao inquérito que apura a responsabilidade e omissão de autoridades que culminaram com os atos golpistas de 8 de janeiro.
Na sessão de hoje, a CPI do DF também aprovou outros dois requerimentos — um de convite para a oitiva do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias; e outro que requisitou ao Ministério do Turismo as fichas de registro de hóspedes que ficaram hospedados no Setor Hoteleiro Sul e Norte de Brasília, entre os dias 8 e 14 de dezembro de 2022.