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Coronavírus: São Paulo vai ampliar quarentena para além de 10 de maio

Secretário municipal de Saúde diz que a capital paulista avalia, ainda, ampliar restrições de circulação para garantir que população não saia de casa

SP: cidade saltou de 812 notificações da doença por dia para mais de 3.400 (Fabio Vieira/Getty Images)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 30 de abril de 2020 às 10h01.

Última atualização em 30 de abril de 2020 às 15h32.

O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou nesta quinta-feira, 30, que não há a possibilidade de a capital paulista relaxar medidas de isolamento por conta da pandemia do novo coronavírus a partir de 10 de maio.

"Já há uma decisão tomada: nós não temos como relaxar as medidas de isolamento partir do dia 10 de maio. Na capital é absolutamente impossível. Ao contrário, estamos iniciando uma discussão na prefeitura pra que a gente possa fortalecer algumas dessas medidas pra que a gente consiga fazer com que o isolamento na cidade possa crescer desse patamar de 48%", disse em entrevista ao Bom dia São Paulo.

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Segundo ele, a prefeitura inclusive avalia fortalecer as restrições por meio de bloqueio de avenidas: "Você faz um processo de bloqueio e você reduz muito [o tráfego] fazendo com que as pessoas se desestimulem a sair de casa, sobretudo nas regiões onde a pressão no sistema de saúde tem aumentado continuamente".

Para a capital, o cenário da doença é preocupante: "Do dia 26 de fevereiro, quando teve o primeiro caso aqui na cidade, até o dia 23 abril tivemos 45.518 notificações, média de 812 por dias. Em apenas 3 dias, dia 24,25 e 26 isso saltou para 56 mil notificações, ou seja, nós saímos de 812 para pouco mais de 3.400 notificações por dia", disse Aparecido.

Estado de São Paulo

Nesta quarta-feira, 29, o governador voltou a criticar os índices de isolamento que se mantiveram constantes ao longo da semana. O Sistema de Monitoramento Inteligente (Simi) indicou que 48% da população aderiu às orientações de quarentena.

Segundo Doria, “não há a menor condição de flexibilização de isolamento com 48% de taxa de isolamento e evidentemente com os riscos de colapso no atendimento público nos hospitais”. “Nada será feito, em termos de flexibilização, sem expressa orientação da área da Saúde”, disse.

São Paulo confirmou a milésima morte por Covid-19 no dia 19 de abril, 32 dias após o primeiro caso. Desde então, o número de infectados mais que dobrou no estado, com apenas oito dias passados.

O coordenador do Centro de Contingência da doença em São Paulo, David Uip, disse que os números apresentados não surpreendem o governo paulista. “O cenário foi desenhado em fevereiro, o que previmos está se confirmando”, disse.

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