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Remy Sharp
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O Conselho de Ética da Câmara instaurou sete processos contra parlamentares, nesta terça-feira. Eles eles estão as representações feitas contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP), acusados, respectivamente, de ter cometido crime de transfobia e de ter constrangido o deputado Duarte (PSB-MA) durante a audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino, em abril. Outra representação aceita foi contra o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA), acusado de importunação sexual contra a deputada Julia Zanatta (PL-SC), ainda durante a mesma audiência com Dino.

O Conselho de Ética também instaurou a representação contra Talíria Petrone (PSOL-RJ): ela é acusada de quebra de decoro parlamentar por ter lembrado, durante reunião da CPI do MST, de investigações que miram o relator, o deputado Ricardo Salles (PL-SP). Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também está no foco, já que se desentendeu com o deputado Marcon (PT-RS) em uma reunião da Comissão do Trabalho da Câmara e agora é alvo de um processo.

Uma representação do PP, que também foi aceita, diz que a deputada Juliana Cardoso (PT-SP) quebrou o decoro parlamentar ao gritar “barbárie” e chamar de “assassinos” parlamentares favoráveis à urgência do projeto que dificulta a demarcação de terras indígenas, incluindo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Parlamentar do PL, José Medeiros (MT) também será investigado por sua conduta, já que é acusado de ter empurrado e pisado no pé do deputado federal Miguel Ângelo Filho (PT-MG).

Relembre os casos

No dia 8 de março, Nikolas Ferreira (PL-MG) usou uma peruca para fazer um discurso transfóbico na tribuna da Câmara dos Deputados, que celebrava o Dia Internacional da Mulher, na Câmara dos Deputados. Em tom de deboche, Ferreira afirmou que se "sentia mulher" tendo "lugar de fala" para discursar sobre a efeméride. Em seguida fez ataques às mulheres transexuais. As declarações levaram parlamentares a pedir a cassação de seu mandato. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também criticou o comportamento do deputado: "o plenário não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos". Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou pela rejeição dos pedidos de investigação contra o deputado.

Uma sessão na comissão da Câmara que levou o ministro da Justiça Flávio Dino à Casa terminou com inúmeros casos que serão apurados pelo Conselho de Ética. Júlia Zanatta acusa Márcio Jerry de assédio. Ela publicou em suas redes uma imagem da reunião da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, em que o parlamentar se aproxima dela, e o acusou de "dar um cheiro" em seu pescoço. O PL pede que o Jerry perca o mandato.

Uma discussão de Zanatta com Lídice da Mata (PSB-BA) teria motivado a aproximação, segundo Jerry. À época, um vídeo feito pelo GLOBO mostra, por outro ângulo, o exato momento em que Jerry chega por trás de Zanatta e fala em seu ouvido.

Durante sessão em comissão na Câmara, em abril, Carla Zambelli xingou o colega Duarte Júnior. O deputado pedia ao presidente do colegiado para garantir a ordem, em respeito ao ministro da Justiça, Flávio Dino, quando a parlamentar, que estava sentada logo à frente, se virou e soltou um: "tomar no..." . O PSB pede a perda do mandato da deputada.

Eduardo Bolsonaro "partiu para cima" do também parlamentar Dionilso Marcon (PT-RS), também em abril deste ano, após uma discussão sobre a facada sofrida em 2018 pelo seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ambos debatiam na Comissão de Trabalho da Câmara, quando o filho do ex-presidente citou o atentado cometido contra o então candidato. Marcon afirmou que a "facada foi fake". Eduardo levantou da cadeira e precisou ser contido pelos colegas. Ele chamou Marcon de "veado" e pediu para que repetisse a frase. Segurado pelos colegas, Bolsonaro reagiu aos pedidos para que respeitasse o decoro da Casa

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