Conselheiro da Petrobras e sindicalistas são presos em ato
Deyvid Bacelar e dois integrantes de sindicato foram presos em ato pela greve dos trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves
Da Redação
Publicado em 3 de novembro de 2015 às 12h20.
Rio - O conselheiro de Administração da Petrobras , Deyvid Bacelar, e dois integrantes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro-BA) foram presos na noite de segunda-feira, 2, em ato pela greve dos trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na região metropolitana de Salvador.
Eles foram autuados por desacato a dois policiais militares, algemados e levados para duas delegacias da região. O conselheiro diz ter sido agredido durante a prisão.
"A viatura avançou com velocidade sobre os militantes que abordavam os trabalhadores. Eles se exaltaram e deram voz de prisão por desacato, por questionarmos os motivos da abordagem. Fui imobilizado de forma violenta, algemado e agredido o que me deixou cheio de hematomas", relatou o conselheiro ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Também foram presos o diretor do Sindpetro, Agnaldo Cosme, e o fotógrafo Wandeick Costa. Todos foram liberados por volta das 4h30 desta terça-feira (3), após o registro da ocorrência. A confusão ocorreu por volta das 23h30 da segunda-feira, segundo Bacelar, quando os policiais teriam exigido que o fotógrafo apagasse os registros de uma reunião com diretores da Refinaria.
"Houve uma articulação entre a gerência da refinaria para desmobilizar o movimento, prendendo as lideranças", afirmou Bacelar. "Fizemos registros de fotos e vídeos do encontro do gerente-geral com dois policiais. Menos de uma hora depois, os policiais avançaram sobre os militantes tentando apagar as fotos. Houve exaltação e fomos presos por desacato", completou.
Cerca de 80 militantes do sindicato abordavam os funcionários da refinaria para garantir a adesão ao movimento grevista, iniciado no último domingo, 1º. Os sindicalistas foram encaminhados à delegacia de Candeias e de São Francisco do Conde, onde fica a refinaria. O exame de corpo de delito será feito no início da tarde para confirmar as agressões.
Procurada, a Polícia Militar (PM) informou que foi acionada por denúncias de "obstrução da rodovia", mas que a viatura teve passagem obstruída. "Quando os policiais solicitaram a retirada dos objetos foram agredidos verbalmente, sendo Wandiack preso por desacato. Em seguida, Agnaldo Cosme da Cruz Soares Júnior e Deyvid Souza Bacelar da Silva também foram presos por tentar impedir a condução do detido à delegacia", informa o comunicado.
Em nota, o Sindipetro-BA classificou a prisão de "arbitraria e orquestrada" contra o movimento, e classificou a ação da PM de "abuso de poder e autoritarismo". O sindicato informou ainda que estuda "tomar as medidas jurídicas cabíveis para garantir a liberdade e o livre exercício da greve pelos trabalhadores".
Ainda de acordo com Deyvid Bacelar, pela manhã o clima é de tensão no acesso à refinaria. O policiamento foi reforçado com 12 viaturas. "Pelo que vi ontem (2) a noite e hoje (3), há uma tendência de tensão cada vez maior. É um momento crítico", relatou. "É triste ver um abuso ocorrer em um governo popular que ajudamos a eleger", completou.
A greve deflagrada no último dia 1º de novembro envolve a paralisação parcial de 43 unidades de produção. Também há adesão de terminais de distribuição da Transpetro, além de refinarias, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).
Rio - O conselheiro de Administração da Petrobras , Deyvid Bacelar, e dois integrantes do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro-BA) foram presos na noite de segunda-feira, 2, em ato pela greve dos trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na região metropolitana de Salvador.
Eles foram autuados por desacato a dois policiais militares, algemados e levados para duas delegacias da região. O conselheiro diz ter sido agredido durante a prisão.
"A viatura avançou com velocidade sobre os militantes que abordavam os trabalhadores. Eles se exaltaram e deram voz de prisão por desacato, por questionarmos os motivos da abordagem. Fui imobilizado de forma violenta, algemado e agredido o que me deixou cheio de hematomas", relatou o conselheiro ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Também foram presos o diretor do Sindpetro, Agnaldo Cosme, e o fotógrafo Wandeick Costa. Todos foram liberados por volta das 4h30 desta terça-feira (3), após o registro da ocorrência. A confusão ocorreu por volta das 23h30 da segunda-feira, segundo Bacelar, quando os policiais teriam exigido que o fotógrafo apagasse os registros de uma reunião com diretores da Refinaria.
"Houve uma articulação entre a gerência da refinaria para desmobilizar o movimento, prendendo as lideranças", afirmou Bacelar. "Fizemos registros de fotos e vídeos do encontro do gerente-geral com dois policiais. Menos de uma hora depois, os policiais avançaram sobre os militantes tentando apagar as fotos. Houve exaltação e fomos presos por desacato", completou.
Cerca de 80 militantes do sindicato abordavam os funcionários da refinaria para garantir a adesão ao movimento grevista, iniciado no último domingo, 1º. Os sindicalistas foram encaminhados à delegacia de Candeias e de São Francisco do Conde, onde fica a refinaria. O exame de corpo de delito será feito no início da tarde para confirmar as agressões.
Procurada, a Polícia Militar (PM) informou que foi acionada por denúncias de "obstrução da rodovia", mas que a viatura teve passagem obstruída. "Quando os policiais solicitaram a retirada dos objetos foram agredidos verbalmente, sendo Wandiack preso por desacato. Em seguida, Agnaldo Cosme da Cruz Soares Júnior e Deyvid Souza Bacelar da Silva também foram presos por tentar impedir a condução do detido à delegacia", informa o comunicado.
Em nota, o Sindipetro-BA classificou a prisão de "arbitraria e orquestrada" contra o movimento, e classificou a ação da PM de "abuso de poder e autoritarismo". O sindicato informou ainda que estuda "tomar as medidas jurídicas cabíveis para garantir a liberdade e o livre exercício da greve pelos trabalhadores".
Ainda de acordo com Deyvid Bacelar, pela manhã o clima é de tensão no acesso à refinaria. O policiamento foi reforçado com 12 viaturas. "Pelo que vi ontem (2) a noite e hoje (3), há uma tendência de tensão cada vez maior. É um momento crítico", relatou. "É triste ver um abuso ocorrer em um governo popular que ajudamos a eleger", completou.
A greve deflagrada no último dia 1º de novembro envolve a paralisação parcial de 43 unidades de produção. Também há adesão de terminais de distribuição da Transpetro, além de refinarias, segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP).