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Cerca de 19 milhões entraram na classe C em 2010

Pesquisa mostra que maioria da população brasileira já está na classe C, que já conta com mais de 100 milhões de pessoas

Rua 25 de março em São Paulo: ampliação da classe C aumenta o consumo (Miguel Schincariol/Divulgação/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2011 às 17h06.

São Paulo e Brasília - Em 2010, cerca de 19 milhões de brasileiros ascenderam à classe C, que já é integrada por 52% da população brasileira. Ao todo, são 101 milhões de pessoas a ocupar a classe intermediária da sociedade de consumo. Os dados fazem parte da pesquisa O Observador 2011 - Conheça o Perfil dos Consumidores Brasileiros -, encomendada pela Cetelem BGN à Ipsos Public Affairs e divulgada hoje (22). A representação geométrica da divisão de classes de consumo e renda mais adequada à realidade brasileira já não é mais a da pirâmide, e sim, a do losango.

As classes D e E ficaram na segunda posição, com 25% da população, enquanto as classes A e B somam 21% dos brasileiros. Assim, de acordo com a pesquisa, a classe C tem mais gente do que as demais somadas: 52% contra 46%. Para o presidente da Cetelem BGN, Marcos Etchegoyen, a ascensão de parte da população a uma nova categoria melhora a economia do país ao possibilitar a ampliação do consumo e do acesso ao crédito.

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Foram pesquisadas l,5 mil pessoas com mais de 16 anos de idade em 70 cidade de nove regiões metropolitanas, representando 74% da população do país, no período de 24 a 31 de dezembro do ano passado.

A renda média declarada pelos pesquisados foi R$ 809. Valor 48,44% maior que o registrado na primeira pesquisa, feita em 2005 (R$ 545). O item renda disponível, que aponta o rendimento total da família excluído os gastos, aumentou 45,22% em relação a 2009, somando R$ 200,64 no ano passado.

A maioria dos entrevistados, 53%, se mostrou otimista e declarou a intenção de consumir mais este ano do que consumiu no ano passado. Para 52% das pessoas ouvidas, haverá credito suficiente para bancar as compras e 39% projetam a expectativa de novo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas geradas no país.

Na avaliação de Marcos Etchegoyen, essas projeções devem se manter mesmo diante das medidas de restrição ao crédito tomadas pelo governo federal como forma de conter a inflação. “O crédito ficou um pouco mais caro, mas as modalidades de empréstimos, como o crédito consignado, têm mantido crescente o consumo no dia a dia”.

O nível de contentamento do brasileiro foi o mais alto entre os 13 países onde a mesma pesquisa é feita. Os brasileiros também estão utilizando cada vez mais a internet para pesquisar produtos que deseja comprar, mesmo que a aaquisição seja feita posteriormente em uma loja física. E 26% disseram ter cautela para escolher quem oferece as melhores taxas de juros em compras financiadas.

Comparado a 2009, cresceu a proporção de brasileiros que querem comprar móveis, de 34% para 40%. Na segunda posição do rol de desejos de consumo aparecem os eletrodomésticos (crescimento de 34% para 38% no período), seguido por viagens e lazer (de 28% para 32%).

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