Bolsonaro se encontra com primeiro-ministro da Hungria nesta quinta-feira
Conhecido por políticas anti-imigratórias e conservadoras, Viktor Orbán é considerado uma “referência” por parte de bolsonaristas
Alessandra Azevedo
Publicado em 17 de fevereiro de 2022 às 06h00.
Última atualização em 17 de fevereiro de 2022 às 10h25.
Após passagem pela Rússia, o presidente Jair Bolsonaro se encontra nesta quinta-feira, 17, com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, em Budapeste, capital do país. Orbán é considerado um dos principais líderes da extrema direita europeia atualmente.
O primeiro-ministro húngaro é considerado uma “referência” por parte de bolsonaristas, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente brasileiro. A visita de Bolsonaro à Hungria, a seis semanas das eleições no país europeu, sinaliza apoio ao premiê ultradireitista.
Orbán está no poder desde 2010, por quatro mandatos consecutivos, e agora precisará disputar com uma coalizão de seis partidos de espectros políticos variados que pretendem derrotá-lo nas urnas.
O primeiro-ministro da Hungria é conhecido por decisões polêmicas, muitas envolvendo controle da imprensa, como a aprovação de medidas que retiram autonomia de emissoras de televisão e rádio. Ele também tentou limitar o acesso de jornalistas ao Parlamento. Orbán também tem no histórico episódios de perseguição a ONGs.
Em muito parecido com o discurso do presidente Bolsonaro, Orbán mantém a popularidade com base em políticas voltadas a valores da “família tradicional” e da comunidade cristã. Ao longo dos mandatos, ele teve forte atuação em políticas anti-imigração.
Com a viagem, Bolsonaro busca aprofundar a cooperação em defesa, ciência e tecnologia com a Hungria. Além disso, Orbán é favorável à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), grupo de países ricos do qual a Hungria faz parte.