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Bolsonaro ironiza CPI das fake news: "Paguei 40 mil para robôs. Recebeu?"

Presidente fez piada com acusação de que teria pagado por publicações automatizadas

Bolsonaro: não é a primeira vez que o presidente criticou a CPI (Alan Santos/PR/Flickr)

Bolsonaro: não é a primeira vez que o presidente criticou a CPI (Alan Santos/PR/Flickr)

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Agência O Globo

Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 10h49.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro ironizou nesta segunda-feira (16), a Comissão Parlamentar (CPI) das Fake News, dizendo que seus apoiadores merecem receber R$ 40 mil cada um, por atuarem como "robôs" na internet. Em depoimento recente à CPI, a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-líder do governo no Congresso, afirmou que cada publicação automatizada custa R$ 20 mil.

"A senhora é uma robô? Segundo a CPI das Fake News, eu paguei 40 mil para cada robô. Recebeu, não?", disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada, a uma apoiadora.

Depois, ao atender a um pedido para gravar um áudio para outro apoiador, voltou a fazer piada com a situação:

"Obrigado pelo apoio por ocasião das eleições. Se você foi robô, tem que cobrar 40 mil reais meus, tá legal?"

Não é a primeira vez que Bolsonaro critica a CPI. Há duas semanas, enquanto Joice prestava seu depoimento na comissão, o presidente afirmou que havia "um idiota prestando depoimento a esta hora lá", sem citar nominalmente a parlamentar.

Bolsonaro ainda disse que não temia nenhuma reação no Congresso com a apuração sobre a existência do "gabinete do ódio, supostamente formado por assessores do Palácio do Planalto e ligados à família Bolsonaro, que seriam encarregados de coordenar ataques virtuais e disseminação de notícias falsas nas redes sociais.

"Chance zero. O gabinete do ódio inventaram, e alguns idiotas acreditaram. Outros idiotas vão até prestar depoimento, como tem um idiota prestando depoimento a esta hora lá", disse Bolsonaro.

Em seu depoimento, Joice afirmou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é um dos coordenadores da estrutura montada pelo grupo de apoiadores do presidente para fazer ataques virtuais. Segundo a deputada, também fazem parte assessores dele e de outros deputados federais e estaduais, além de integrantes do Planalto.

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