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Auxílio emergencial deve retornar por 4 meses no valor de R$250, diz Bolsonaro

Presidente disse que auxílio será pago a partir de março, para ver se a economia "pega de vez, pega para valer"

Bolsonaro afirmou que benefício deve voltar em março, em transmissão ao vivo (Carolina Antunes/PR/Flickr)
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Reuters

Publicado em 25 de fevereiro de 2021 às 20h59.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2021 às 21h00.

O auxílio emergencial deve retornar, no valor de 250 reais, a partir de março e com vigência de quatro meses, disse o presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira, ao ressalvar que as negociações da proposta envolvem os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defensores da volta do benefício interrompido no final do ano passado.

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"Estive hoje com Paulo Guedes e, a princípio, o que deve ser feito: a partir de março por 4 meses 250 reais de auxílio emergencial", disse Bolsonaro em transmissão nas redes sociais.

"É isso que está sendo disponibilizado, está sendo conversado ainda, em especial, com os presidentes da Câmara e o Senado porque a gente tem que ter certeza de que nós acertamos --vai ser em conjunto, não só eu e a equipe econômica, vai ser junto com o Legislativo também-- na ponta da linha aquilo seja honrado por todos nós", disse.

Bolsonaro repetiu que a capacidade de endividamento do país está "no limite" e que o auxílio será pago por quatro meses para ver se a economia "pega de vez, pega para valer".

O Congresso pressiona o governo pela retomada logo do auxílio, embora tenha adiado nesta quinta a leitura da PEC Emergencial, proposta tida pela equipe econômica como vital para dar sustentação a novas despesas com o pagamento emergencial e a busca de um equilíbrio fiscal do país. A votação da PEC está prevista para a próxima quarta-feira.

O presidente disse que espera, após o período de vigência temporária do auxílio, que a partir de julho haja uma nova proposta de reformulação do Bolsa Família.

Na transmissão, Bolsonaro disse que a população quer voltar a trabalhar, mas "infelizmente" há governador e prefeito que "teima" em baixar decretos fechando atividades comerciais. Ele defendeu que se cobre dos gestores regionais o auxílio emergencial.

"Nós queremos voltar à normalidade", disse ele.

As medidas de fechamento de atividades e restrição de movimentação de pessoas --que voltaram a ser adotadas por prefeitos e governadores-- têm por objetivo reduzir o contágio por Covid-19 em meio a novas cepas do coronavírus se alastrando país afora.

Nesta quinta, o Brasil ultrapassou oficialmente a marca de 250 mil mortes. Só nesta quinta-feira foram registrados mais 1.541 óbitos, o segundo maior número em um único dia desde o início da pandemia. Mais de 10 milhões de pessoas já foram infectadas no país.

Mais cedo, em pronunciamento, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que o país passa por uma "nova etapa" da pandemia, que a nova variante do coronavírus que circula no Brasil contamina três vezes mais do que as cepas anteriores do vírus, e destacou que a velocidade da transmissão pode pegar de surpresa os gestores de saúde.

Sem dar maiores detalhes, Bolsonaro disse na transmissão que o governo federal vai publicar uma norma que permite um refinanciamento de dívidas de bares e restaurantes, setor bastante afetado pela pandemia.

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