Autorizei uso das Forças Armadas para garantir ordem, diz Temer
Em vídeo, o presidente afirmou que o decreto tem como objetivo defender a integridade da população do Rio e garantir o funcionamento das instituições
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de julho de 2017 às 17h29.
Brasília - Após assinar um decreto que autoriza o uso das Forças Armadas para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Rio de Janeiro, o presidente Michel Temer gravou um vídeo, publicado na tarde desta sexta-feira, 28, nas redes sociais, para justificar a medida.
Segundo o presidente, o emprego das Forças Armadas está amparado pela Constituição Federal.
"O objetivo da missão é defender a integridade da população, preservar a ordem pública e garantir o funcionamento das instituições", destacou Temer.
O presidente disse ainda que o agravamento da situação de segurança pública no Rio está no centro das preocupações de seu governo.
"Ao longo do meu governo acompanho e instruo os meus ministérios a tomar as medidas necessárias para enfrentar esse desafio", disse.
"A medida de hoje em relação ao Rio é mais um passo no combate a essa situação que hoje inquieta e angústia todos os brasileiros, particularmente os moradores do Rio", completou.
Ao final de sua mensagem, Temer desejou sucesso às Forças Armadas e disse que elas atuarão em conjunto com as forças de segurança estaduais e municipais.
O governo publicou nesta sexta-feira uma edição extra do Diário Oficial da União autorizando o emprego das Forças Armadas para a "garantia da lei e da ordem no Estado do Rio de Janeiro". O decreto prevê que as equipes fiquem no Estado a partir de hoje até o dia 31 de dezembro deste ano.
"O emprego das Forças Armadas será precedido de aprovação do planejamento de cada operação pelos ministros de Estado da Justiça e Segurança Pública, da Defesa e Chefe do Gabinete de Segurança Institucional", diz o texto.
Hoje, o governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), teve um reunião com os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim, no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, justamente para discutir medidas de combate à crescente onda de violência no Estado.