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Após cinco dias de protestos, Itamaraty desaconselha viagens de brasileiros a Machu Picchu

O protesto foi organizado por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo em repúdio à decisão do Ministério da Cultura de contratar um intermediário privado para gerenciar a venda online das entradas

O protesto foi organizado por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo (Reprodução/Reprodução)

O protesto foi organizado por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo (Reprodução/Reprodução)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 30 de janeiro de 2024 às 15h10.

Última atualização em 30 de janeiro de 2024 às 15h45.

Após pelo menos cinco dias de greve, Machu Picchu, a cidade inca mais visitada do mundo, segue com as atividades turísticas paralisadas. Em um alerta consular, o Itamaraty desaconselhou a visita de brasileiros ao local, que está com ferrovias bloqueadas e sem perspectiva de retomada dos serviços.

O protesto foi organizado por coletivos do distrito de Machu Picchu Pueblo, no departamento de Cusco, em repúdio à decisão do Ministério da Cultura de contratar um intermediário privado para gerenciar a venda online das entradas.

De acordo com seus líderes, a chamada paralisação indefinida inclui marchas, o fechamento de comércios e bloqueios na via férrea que leva a essa joia da arquitetura e engenharia pré-hispânica.

“A Embaixada orienta turistas brasileiros que estejam em Aguas Calientes a evitar deslocamentos desnecessários e a entrar em contato com a IPERÚ — entidade do governo peruano responsável pela assistência ao turista que está coordenando a evacuação de turistas do local. Para além de seu canal de atendimento por WhatsApp (+51 944 492 314), a IPERÚ circulou formulário de cadastro para turistas que estejam retidos na região (https://forms.gle/vXf1U7sJC8CqqagG8), a fim de facilitar sua eventual evacuação”, diz o Itamaraty.

Orientações gerais

A Embaixada brasileira também orienta que as visitas devem ser evitadas também por aqueles que pretendem ir ao sítio histórico através de caminhadas e trilhas.

Devido ao protesto, turistas nacionais e estrangeiros têm passado por atrasos em seus itinerários.

Os manifestantes, com bandeiras e cartazes que diziam "Machu Picchu não se privatiza nem se aluga" e "Ministra da Cultura, renuncie já", interromperam o tráfego do trem, obrigando os viajantes a caminhar cerca de 3 quilômetros até a entrada da cidadela.

Segundo o Ministério da Cultura nas redes sociais, a visita à cidadela está ocorrendo "com total normalidade" e estão sendo oferecidas "facilidades nos horários de entrada".

A pasta deixou nas mãos da empresa peruana Joinnus a venda online dos ingressos para Machu Picchu e a rede de caminhos incas, após alegar problemas com sua plataforma virtual.

No entanto, comerciantes e operadores turísticos são contra o novo sistema, que começou a funcionar no sábado, por considerarem que é o primeiro passo para a privatização de Machu Picchu.

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