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Após caso de espionagem, Dilma quer cooperação com os EUA

Presidente brasileira diz ter virado a página de situação diplomática delicada e irá visitar o presidente americano em junho


	Dilma cumprimenta Obama na Cúpula das Américas, no Panamá: Presidente brasileira diz ter superado conflito diplomático e irá visitar o presidente americano em junho
 (REUTERS/Jonathan Ernst)

Dilma cumprimenta Obama na Cúpula das Américas, no Panamá: Presidente brasileira diz ter superado conflito diplomático e irá visitar o presidente americano em junho (REUTERS/Jonathan Ernst)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2015 às 22h39.

Cidade do Panamá, 11 abr (EFE).- A presidente Dilma Rousseff, que definiu com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que visitará Washington em junho, disse neste sábado que a polêmica pela espionagem desse país está superada e que agora é necessário abrir uma nova etapa de cooperação.

"Queremos dialogar com os Estados Unidos sobre cooperação frente à mudança climática, energias alternativas, defesa, aeronáutica, ciência e tecnologia e educação", afirmou Dilma em entrevista coletiva depois de se reunir com Obama no marco da VII Cúpula das Américas, realizada no Panamá.

Dilma explicou que deu por superada a delicada situação diplomática gerada pela espionagem à qual a Agência de Segurança Nacional (NSA) dos EUA submeteu suas comunicações pessoais, as de vários de seus ministros e até de importantes empresas estatais.

"Reconhecemos que os Estados Unidos adotaram algumas ações nos últimos meses e que garantiram que isso não voltará a acontecer com países amigos", declarou Dilma, revelando que até brincou sobre o assunto com Obama, que se comprometeu a ligar "diretamente" para ela quando quiser saber algo.

A governante disse que decidiu fazer a visita a Washington no próximo 30 de junho pois de outro modo teria ficado postergada até 2016, o que quis evitar por ser um ano eleitoral nos Estados Unidos e não considerar apropriado.

Nesse sentido, foi questionada sobre as intenções de Hillary Clinton de se postular como candidata à presidência dos Estados Unidos nas eleições que definirão o sucessor de Obama.

Embora tenha esclarecido que não pode opinar sobre o processo eleitoral de nenhum outro país, Dilma disse que podia comentar o assunto sobre uma perspectiva de gênero.

"Só posso dizer que é muito importante que as mulheres sejam cada vez mais empoderadas", comentou.

A presidente também disse que, durante a reunião de hoje, felicitou Obama pessoalmente pelo processo de degelo que iniciou nas relações com Cuba, com cujo presidente, Raúl Castro, o líder americano teve uma reunião "histórica", nas palavras de Dilma. EFE

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