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Alckmin retoma disputa com RJ por água do Paraíba do Sul

Governador disse que utilizará terceira parte do volume morto do Sistema Cantareira para abastecimento da região metropolitana de São Paulo for necessário

Alckmin: ele lembrou que mês é o mais seco desde 1930 e que volume acumulado de chuvas de 2014 é metade do de 1953 (Marcelo Camargo/ABr)
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Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 14h32.

Araraquara - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), retomou nesta sexta-feira, 31, a disputa com o Rio de Janeiro pela utilização da água do Rio Paraíba do Sul - que abastece os dois estados - e cobrou que a Agência Nacional das Águas (ANA) acione o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para priorizar o abastecimento humano na bacia hidrográfica à qual pertence a represa paulista de Jaguari.

Segundo Alckmin, a ANA deve frear a utilização de um volume de 160 metros cúbicos por segundo de água do Paraíba do Sul na usina hidrelétrica de Santa Cecília, unidade da Light em Barra do Piraí (RJ).

"Quando se verifica a retirada em Santa Cecília, são 160 metros cúbicos por segundo. Para a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgotos - do Rio de Janeiro) (para abastecimento humano) são 45 metros cúbicos", disse o governador, completando que na região metropolitana de São Paulo, com 22 milhões de pessoas, o consumo da bacia é de 66 metros cúbicos.

"Como você pode tirar 160 (metros cúbicos)? É obvio que a maioria é produção de energia elétrica e aí pode ter problema no futuro", completou ele, durante evento em Araraquara (SP).

Alckmin evitou uma nova polêmica pessoal com o governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), pelo uso da água do Paraíba do Sul, mas lembrou que quando alertou para a utilização do líquido na produção de energia elétrica, a represa de Jaguari tinha 42% da capacidade de armazenamento ante 11% hoje.

"A depressão (na represa) foi para produzir energia elétrica em detrimento do abastecimento humano. Defendemos tanto o Rio de Janeiro, quanto São Paulo e a prioridade é abastecimento humano; são regras internacionais e energia elétrica você pode produzir por térmica, cogeração, biomassa e fotovoltaica", afirmou.

Cantareira

O governador de São Paulo disse ainda que utilizará a terceira parte do volume morto do Sistema Cantareira para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo se houver necessidade, mas não deu prazos.

Ele ironizou as notícias que a Fundação Cacique Cobra Coral fora contatada pelo governo paulista para que apelasse ao esoterismo em busca de chuvas para a região castigada por uma das piores estiagens da história.

"Com todo respeito a todas as cobras, nem procuramos nem fomos procurados", afirmou.

Alckmin lembrou que o mês de outubro é o mais seco desde 1930, que em todo o ano de 2014 o volume acumulado de chuvas é metade de 1953, o mais seco da história, e defendeu a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

"Temos 1.300 municípios com problemas (no país) e nenhum operado pela Sabesp. Não vai faltar água. Mudanças climáticas são fenômeno mundial, é preciso aumentar a capacidade de reservação para a água", concluiu.

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Araraquara - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), retomou nesta sexta-feira, 31, a disputa com o Rio de Janeiro pela utilização da água do Rio Paraíba do Sul - que abastece os dois estados - e cobrou que a Agência Nacional das Águas (ANA) acione o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) para priorizar o abastecimento humano na bacia hidrográfica à qual pertence a represa paulista de Jaguari.

Segundo Alckmin, a ANA deve frear a utilização de um volume de 160 metros cúbicos por segundo de água do Paraíba do Sul na usina hidrelétrica de Santa Cecília, unidade da Light em Barra do Piraí (RJ).

"Quando se verifica a retirada em Santa Cecília, são 160 metros cúbicos por segundo. Para a Cedae (Companhia Estadual de Água e Esgotos - do Rio de Janeiro) (para abastecimento humano) são 45 metros cúbicos", disse o governador, completando que na região metropolitana de São Paulo, com 22 milhões de pessoas, o consumo da bacia é de 66 metros cúbicos.

"Como você pode tirar 160 (metros cúbicos)? É obvio que a maioria é produção de energia elétrica e aí pode ter problema no futuro", completou ele, durante evento em Araraquara (SP).

Alckmin evitou uma nova polêmica pessoal com o governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), pelo uso da água do Paraíba do Sul, mas lembrou que quando alertou para a utilização do líquido na produção de energia elétrica, a represa de Jaguari tinha 42% da capacidade de armazenamento ante 11% hoje.

"A depressão (na represa) foi para produzir energia elétrica em detrimento do abastecimento humano. Defendemos tanto o Rio de Janeiro, quanto São Paulo e a prioridade é abastecimento humano; são regras internacionais e energia elétrica você pode produzir por térmica, cogeração, biomassa e fotovoltaica", afirmou.

Cantareira

O governador de São Paulo disse ainda que utilizará a terceira parte do volume morto do Sistema Cantareira para o abastecimento da região metropolitana de São Paulo se houver necessidade, mas não deu prazos.

Ele ironizou as notícias que a Fundação Cacique Cobra Coral fora contatada pelo governo paulista para que apelasse ao esoterismo em busca de chuvas para a região castigada por uma das piores estiagens da história.

"Com todo respeito a todas as cobras, nem procuramos nem fomos procurados", afirmou.

Alckmin lembrou que o mês de outubro é o mais seco desde 1930, que em todo o ano de 2014 o volume acumulado de chuvas é metade de 1953, o mais seco da história, e defendeu a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

"Temos 1.300 municípios com problemas (no país) e nenhum operado pela Sabesp. Não vai faltar água. Mudanças climáticas são fenômeno mundial, é preciso aumentar a capacidade de reservação para a água", concluiu.

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