Brasil

Agente penal responsável por matar petista em Foz do Iguaçu tem prisão preventiva decretada

Jorge José Guaranho está internado em estado grave, sedado e intubado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu

Marcelo Arruda: petista foi morto na sua festa de aniversário (Marcelo Arruda/Reprodução)

Marcelo Arruda: petista foi morto na sua festa de aniversário (Marcelo Arruda/Reprodução)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 11 de julho de 2022 às 15h33.

Última atualização em 11 de julho de 2022 às 16h39.

O policial penal federal Jorge José Guaranho, responsável por atirar e matar o guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Arruda, teve a prisão preventiva decretada, mesmo estando internado em estado grave no Hospital Municipal da cidade.

A informação foi repassada pelo promotor Tiago Lisboa, do Grupo Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, durante coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 11.

Jorge José Guaranho está internado em estado grave, sedado e intubado no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu (PR). Na noite de sábado, 9, Guaranho atirou e matou o guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) na cidade paranaense, Marcelo Arruda, em sua própria festa de aniversário de 50 anos.

Até a manhã desta segunda, Guaranho estava na enfermaria, aguardando vaga na UTI do hospital. Ele está sob custódia policial. A Polícia Civil do Paraná chegou a declarar que Guaranho também havia morrido, mas a informação foi corrigida na noite de domingo, 10.

De acordo com o boletim médico, ele sofreu traumatismo craniano. Além dos ferimentos causados por três disparos de arma de fogo, Guaranho foi atingido por chutes na cabeça por pelo menos duas pessoas, conforme imagens de câmeras de segurança. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná, essas pessoas deverão ser identificadas e responderão pela agressão.

LEIA TAMBÉM: Após morte de petista no Paraná, presidenciáveis manifestam preocupação

O caso

Na noite de sábado, a festa de aniversário de Arruda, na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, estava decorada com símbolos do PT e imagens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com o boletim de ocorrência, Guaranho, que era desconhecido dos convidados, havia interrompido a comemoração e ameaçado os presentes com uma arma na mão momentos antes do crime, por volta de 23h20.

Ele teria chegado ao local em um carro branco, acompanhado de uma mulher com uma criança no colo. Ao descer do veículo, se dirigiu aos presentes dizendo aos gritos: "Aqui é Bolsonaro", conforme relato descrito na ocorrência.

Guaranho deixou o local e, 20 minutos depois, retornou sozinho. Foi recebido por Arruda e pela esposa, a policial civil Pamela Suellen Silva. O casal se identificou como agentes da segurança pública. O guarda municipal sacou a arma ao mostrar o distintivo. Neste momento, conforme o registro policial, Guaranho efetuou os dois primeiros disparos, acertando a vítima. Imagens de uma câmera de segurança mostram quando Arruda, mesmo ferido e já caído, dispara contra o agente penitenciário.

(Com Estadão Conteúdo)

LEIA TAMBÉM

Acompanhe tudo sobre:Crime

Mais de Brasil

Delator do PCC é morto em tiroteio no Aeroporto de Guarulhos; outras quatro pessoas são baleadas

Lula diz que estará pronto para concorrer à reeleição em 2026, mas espera não ser 'necessário'

Moraes vota pela condenação de 15 réus envolvidos nos ataques de 8 de janeiro

Polícia Federal indicia Marçal por uso de laudo falso contra Boulos na eleição