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Aeroviários iniciam operação padrão em aeroportos

A perspectiva é de que haja atrasos nos voos em todo o Brasil

Operação padrão deve provocar atrasos e cancelamentos em diversos aeroportos (Veja São Paulo)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2010 às 12h13.

São Paulo - O Sindicato dos Aeroviários e o Sindicato dos Aeronautas deram início hoje à "operação de não colaboração", a fim de pressionar as companhias aéreas por reajustes salariais e melhores condições de trabalho, após reunião realizada ontem pela categoria.

A perspectiva é de que haja atrasos nos voos. Os aeronautas são os profissionais que tripulam os voos (comissários, pilotos e copilotos) e os aeroviários são aqueles que atuam em solo, como mecânicos e pessoal de check-in.

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A operação consiste em que os trabalhadores sigam estritamente as regras de seus manuais e respeitem horários e outras limitações. Segundo a presidente do Sindicato dos Aeroviários, Selma Balbino, os procedimentos não são paralisados, mas deixam de ser acelerados. "Os trabalhadores estão deixando de cumprir seus horários de repouso e de lanche por pressão das companhias aéreas", disse ela. "O mais grave é o excesso da jornada de trabalho e hora extra por falta de pessoal."

Segundo os sindicatos, os funcionários vão deixar de fazer hora extra e passarão a obedecer seus horários de trabalho, descanso e lanche, além de outras regras. Os pilotos deverão cumprir a carga de seis voos durante seus turnos - número máximo permitido para a categoria. Os motoristas de tratores e comboios de carga que circulam na pista não devem exceder os 20 quilômetros rodados. De acordo com Selma, os efeitos da "operação de não colaboração" deverão começar a ser sentidos apenas amanhã.

A presidente do Sindicato dos Aeroviários informou também que os funcionários que se sentirem pressionados pelas empresas devem fazer denúncia ao Ministério Público (MP). "Já há processos por assédio moral nos ministérios contra TAM, Gol e Webjet. Os trabalhadores que se sentirem acuados devem fazer a denúncia", aconselhou.

A operação deve durar até o próximo dia 8, quando haverá uma nova reunião da categoria. Até as 11 horas, 61 voos nacionais tiveram atrasos superiores a 30 minutos e 38 haviam sido cancelados, dentre os 953 previstos para o período, de acordo com a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

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