7 gráficos mostram o quanto a eleição 2014 foi apertada
Dilma foi reeleita com apenas 3 pontos percentuais à frente de Aécio Neves - o resultado mais apertado da História e o pior do PT desde 2002; 7 gráficos mostram isso
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2014 às 15h47.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h00.
São Paulo - Vinte e cinco anos depois da primeira eleição após a Ditadura Militar, o Brasil experimentou uma corrida eleitoral repleta de elementos inéditos até o último minuto - literalmente. Morte de um presidenciável, reviravoltas nas pesquisas e nas urnas, além da eleição mais apertada da História do país: a eleição 2014 termina com um saldo expressivo de fatos inéditos. A trajetória do desempenho dos candidatos desde 1989 nas pesquisas de intenção de votos e nas urnas é uma prova disso. Compare a seleção feita por EXAME.com com base nos dados do Datafolha e do Tribunal Superior Eleitoral das últimas sete eleições presidenciais.
A primeira eleição presidencial por voto direto após 29 anos foi marcada por reviravoltas e ataques – bem aos moldes do que foi o pleito deste ano.
A princípio, o pleito era polarizado por Leonel Brizola (PDT) e o líder sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em abril daquele ano, o então quase desconhecido Fernando Collor de Melo (PRB), passou a liderar as pesquisas de intenção de voto e Lula caiu para a terceira posição.
O petista se recuperou nas sondagens e, em uma disputa apertada, foi para o segundo turno com o alagoano, que começou a campanha na frente.
Ao longo da corrida presidencial, no entanto, a diferença entre os dois se estreitou – na mesma medida que o tom dos ataques aumentou, em especial no último debate entre os dois candidatos.
Collor foi eleito com 53,3% dos votos válidos contra 46,97% de Lula.
A princípio, o pleito era polarizado por Leonel Brizola (PDT) e o líder sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em abril daquele ano, o então quase desconhecido Fernando Collor de Melo (PRB), passou a liderar as pesquisas de intenção de voto e Lula caiu para a terceira posição.
O petista se recuperou nas sondagens e, em uma disputa apertada, foi para o segundo turno com o alagoano, que começou a campanha na frente.
Ao longo da corrida presidencial, no entanto, a diferença entre os dois se estreitou – na mesma medida que o tom dos ataques aumentou, em especial no último debate entre os dois candidatos.
Collor foi eleito com 53,3% dos votos válidos contra 46,97% de Lula.
Anunciado em fevereiro de 1994, o Plano Real foi o capital político que garantiu a eleição no primeiro turno para o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Desde a década de 70, os brasileiros experimentavam no bolso os efeitos da hiperinflação. Para se ter uma ideia do impacto da medida, 1994 teve uma inflação média de 916%. Em 1995, a taxa caiu para 22,4%. Veja o sobe e desce da inflação desde os anos 1980.
Desde a década de 70, os brasileiros experimentavam no bolso os efeitos da hiperinflação. Para se ter uma ideia do impacto da medida, 1994 teve uma inflação média de 916%. Em 1995, a taxa caiu para 22,4%. Veja o sobe e desce da inflação desde os anos 1980.
Assim como em 1994, Fernando Henrique Cardoso foi reeleito em 1998 ainda no primeiro turno. Lula, que tentava a presidência pela quarta vez, não passou de 30% das intenções de voto durante todo o período de campanha eleitoral. Na votação final, terminou com 31,7% dos votos válidos, enquanto FHC venceu com 53%. O terceiro lugar ficou com Ciro Gomes (PPS) com 10,9% dos votos.
Com a saída de Fernando Henrique Cardoso, José Serra foi escolhido o novo candidato do PSDB para concorrer à presidência da República. Logo na primeira pesquisa eleitoral, em dezembro de 2001, Lula (PT) já aparecia com boa vantagem: 36% contra 11% de Serra. Naquele momento, o segundo lugar era de Ciro Gomes, do PPS, que tinha 16%. Anthony Garotinho (PSB) também aparecia bem colocado na disputa, com 11% dos votos. Serra, Garotinho e Ciro Gomes passaram toda a campanha do 1º turno brigando pelo segundo lugar. Lula liderava com tranquilidade. Em setembro e em outubro, Lula chegou a ter 49% das intenções de voto e uma eleição em primeiro turno parecia possível.
Na votação do primeiro turno, Lula acabou ficando com 46% dos votos válidos e José Serra com 23%. Na campanha para o segundo turno, Lula liderou todo o tempo e venceu a disputa com 61% dos votos contra 39%.
Na votação do primeiro turno, Lula acabou ficando com 46% dos votos válidos e José Serra com 23%. Na campanha para o segundo turno, Lula liderou todo o tempo e venceu a disputa com 61% dos votos contra 39%.
Durante um primeiro governo marcado pelo estouro de escândalos de corrupção, aliados de Lula chegaram a sugerir que o presidente renunciasse ao cargo. Ele resistiu à ideia e acabou sendo reeleito com ampla vantagem sobre o adversário, Geraldo Alckmin (PSDB). Além dos ataques dos adversários, o então candidato petista teve que encarar mais denúncias de escândalos envolvendo membros de seu governo e do PT. Entre elas, estava a tentativa de compra de um dossiê antitucano.
* Gráfico atualizado no dia 28/10 às 9h para corrigir informação. Uma versão anterior trazia o nome de José Serra no segundo turno em vez de Geraldo Alckmin.
As eleições de 2010 ficaram marcadas pela saída de Lula do poder e pela eleição da primeira mulher presidente do Brasil. No começo do ano, em março de 2010, Dilma Rousseff , ainda desconhecida da maior parte dos eleitores, estava em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. José Serra (PSDB) liderava com 39% dos votos, Dilma tinha 29% e Marina Silva (no PV) tinha 9%. Em agosto, no entanto, Dilma já liderava as pesquisas e se manteve nesta posição até o final do primeiro turno. Em seu melhor momento, em setembro, chegou a ter 57% das intenções de voto - o que a faria ser eleita no primeiro turno. A votação para o primeiro turno terminou com o placar assim? Dilma 46,9%, Serra 32,6% e Marina 19,3%. No segundo turno, a candidata petista enfrentou José Serra e levou a disputa com 56,05% dos votos válidos.
Mais lidas
Mais de Brasil
Alesp aprova proibição de celulares em escolas públicas e privadas de SPGeração está aprendendo menos por causa do celular, diz autora do PL que proíbe aparelhos em escolasApós cinco anos, Brasil recupera certificado de eliminação do sarampoBastidor: queda na popularidade pressiona Lula por reforma ministerial e “cavalo de pau do governo”
Mais na Exame
Mercado imobiliárioCury tem novo tri recorde com impulso do MCMV e receita alcança R$ 1 bilhão