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1ª noite de carnaval na Vila Madalena atrai adolescentes

O que marcou a primeira noite foi a pouca idade do público. Adolescentes começaram a chegar às ruas do bairro com o dia ainda claro, pouco depois das 18 horas

Carnaval: o que marcou a primeira noite foi a pouca idade do público (Fernando Maia/Riotur)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2016 às 09h01.

São Paulo - A primeira noite de carnaval da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, teve público menor do que nos fins de semana de pré-carnaval e terminou sem confrontos entre a Polícia Militar e foliões.

Na semana passada, jovens que não queriam deixar a festa terminaram expulsos da rua pela PM.

Mesmo sem nenhum bloco circulando pelas ruas do bairro nesta sexta, 5, a Prefeitura montou um perímetro ao redor da Rua Aspicuelta, que ia da Rua Harmonia até a Mourato Coelho, por onde só se podia chegar a pé. Na dispersão, o público foi obrigado a usar apenas a Rua Fradique Coutinho para deixar a Vila.

O que marcou a primeira noite foi a pouca idade do público. Adolescentes começaram a chegar às ruas do bairro com o dia ainda claro, pouco depois das 18 horas, muitos deles carregando garrafas de bebidas alcoólicas - catuaba e jurupinga foram as bebidas preferidas

. "A gente comprou a garrafa juntos, na semana passada, e sobrou. Deixei guardado em casa, minha mãe deixou trazer sem problemas", contou uma estudante que disse ter 16 anos.

O exagero dos adolescentes, entretanto, se fez visível antes das 22 horas. Na Rua Fradique Coutinho, jovens já dormiam na calçada horas antes de a folia do primeiro dia chegar ao fim.

"Tem gente que não se segura. Eu aguento, porque não estou aqui só para beber. Aqui é cheio de mulheres", disse Lucas Alves, de 18 anos, que veio com um grupo de cinco amigos de Pirituba, na zona norte da cidade. "Está muito bom isso aqui", disse, apontando com a cabeça para um grupo de meninas.

"Claro que a gente vem para aproveitar a festa. Mas os moleques estragam um pouco, sabe? A gente vê tanta coisa no Facebook, na TV, mas eles não aprendem. Ficam tirando quando a gente não dá bola, ficam passando a mão. Isso estraga um pouco", reclamou Priscila Marinho Pinheiro, de 17 anos.

"Mas tem muita gente legal, também. A maioria, aliás. Por isso que eu vim", disse a jovem, moradora do Tatuapé, que passou o carnaval passado também nas ruas da Vila.

Dispersão

As faixas de sinalização da Prefeitura instaladas em todo o quadrilátero do carnaval já avisava que, à meia-noite, a limpeza começaria. Faltavam trinta minutos para esse horário quando um helicóptero da PM começou a dar rasantes perto da multidão. Meia-noite em ponto, um pelotão de garis surgiu na festa, acompanhados de ao menos uma centena de policiais.

Entre um protesto e outro de foliões, a PM conseguiu convencer os frequentadores a deixar o espaço e ir embora. Na Fradique Coutinho, apenas um homem, mais exaltado, teve de ser expulso por meio de empurrões. Mas sem bombas para estragar a festa. Neste sábado, 6, a folia continua.

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São Paulo - A primeira noite de carnaval da Vila Madalena, zona oeste de São Paulo, teve público menor do que nos fins de semana de pré-carnaval e terminou sem confrontos entre a Polícia Militar e foliões.

Na semana passada, jovens que não queriam deixar a festa terminaram expulsos da rua pela PM.

Mesmo sem nenhum bloco circulando pelas ruas do bairro nesta sexta, 5, a Prefeitura montou um perímetro ao redor da Rua Aspicuelta, que ia da Rua Harmonia até a Mourato Coelho, por onde só se podia chegar a pé. Na dispersão, o público foi obrigado a usar apenas a Rua Fradique Coutinho para deixar a Vila.

O que marcou a primeira noite foi a pouca idade do público. Adolescentes começaram a chegar às ruas do bairro com o dia ainda claro, pouco depois das 18 horas, muitos deles carregando garrafas de bebidas alcoólicas - catuaba e jurupinga foram as bebidas preferidas

. "A gente comprou a garrafa juntos, na semana passada, e sobrou. Deixei guardado em casa, minha mãe deixou trazer sem problemas", contou uma estudante que disse ter 16 anos.

O exagero dos adolescentes, entretanto, se fez visível antes das 22 horas. Na Rua Fradique Coutinho, jovens já dormiam na calçada horas antes de a folia do primeiro dia chegar ao fim.

"Tem gente que não se segura. Eu aguento, porque não estou aqui só para beber. Aqui é cheio de mulheres", disse Lucas Alves, de 18 anos, que veio com um grupo de cinco amigos de Pirituba, na zona norte da cidade. "Está muito bom isso aqui", disse, apontando com a cabeça para um grupo de meninas.

"Claro que a gente vem para aproveitar a festa. Mas os moleques estragam um pouco, sabe? A gente vê tanta coisa no Facebook, na TV, mas eles não aprendem. Ficam tirando quando a gente não dá bola, ficam passando a mão. Isso estraga um pouco", reclamou Priscila Marinho Pinheiro, de 17 anos.

"Mas tem muita gente legal, também. A maioria, aliás. Por isso que eu vim", disse a jovem, moradora do Tatuapé, que passou o carnaval passado também nas ruas da Vila.

Dispersão

As faixas de sinalização da Prefeitura instaladas em todo o quadrilátero do carnaval já avisava que, à meia-noite, a limpeza começaria. Faltavam trinta minutos para esse horário quando um helicóptero da PM começou a dar rasantes perto da multidão. Meia-noite em ponto, um pelotão de garis surgiu na festa, acompanhados de ao menos uma centena de policiais.

Entre um protesto e outro de foliões, a PM conseguiu convencer os frequentadores a deixar o espaço e ir embora. Na Fradique Coutinho, apenas um homem, mais exaltado, teve de ser expulso por meio de empurrões. Mas sem bombas para estragar a festa. Neste sábado, 6, a folia continua.

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