Plano Nacional de Fertilizantes: decreto do governo prevê reduzir dependência externa em 50%
Atualmente 85% dos fertilizantes utilizados no país são importados
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Atualmente 85% dos fertilizantes utilizados no país são importados (Getty Image/Getty Images)

Publicado em 5 de maio de 2023 às, 11h58.
O governo publicou nesta sexta-feira, 5, no Diário Oficial da União o decreto do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reestrutura o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert). O Conselho deverá debater e implementar o Plano Nacional de Fertilizantes.
Com isso, espera-se reduzir a dependência externa do Brasil desses produtos entre 50% e 55% até 2050. Atualmente 85% dos fertilizantes utilizados no país são importados.
O Confert será presidido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e contará também com os ministérios da Agricultura e Pecuária; Ciência, Tecnologia e Inovação; Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar; Fazenda; Meio Ambiente e Mudança do Clima; Minas e Energia; além de Embrapa, Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil; Confederação Nacional da Indústria; e Petrobras.
Dependência de fertilizantes custa R$ 25 bi, diz Alckmin
De acordo com o vice-presidente e Ministro do MDIC, Geraldo Alckimin, a dependência externa nessa área “nos custa US$ 25 bilhões anuais - dinheiro que sai do país para gerar divisas e empregos no exterior. Vamos reverter esse quadro com investimento em pesquisa e tecnologia, sempre com muito respeito às questões ambientais e sociais”.
De acordo com o MDIC, entre os problemas da dependência externa estão o risco de desabastecimento, em casos de crises envolvendo os países de origem, e a inadequação tecnológica dos insumos ao solo e ao clima brasileiros.
“Essa inadequação faz com que grande parte dos nutrientes aplicados se perca em decorrência de chuvas e outros fatores próprios do clima tropical. Tal perda pode agravar problemas ambientais decorrentes do mau uso desses insumos”, informa em nota divulgada.
O decreto também prevê que o PNF passe por revisões periódicas a cada quatro anos, no máximo, até 2050.
Créditos

Izael Pereira
Reporter colaborador, em BrasíliaFormado em jornalismo pelo Centro Universitário IESB, em Brasília, foi repórter setorista de Congresso Nacional pela Agência Estado. Colaborou com a editora de economia do Correio Braziliense e de cotidiano no Uol.Mais lidas em EXAME Agro
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