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Vendas por live são a nova estratégia da Chilli Beans para atrair clientes

Rede de franquias de óculos e acessórios realiza na próxima terça-feira, 11, sua primeira live de e-commerce para lançamento de nova coleção

Caito Maia: dono da Chili Beans volta na 5ª temporada do Shark Tank Brasil (Chilli Beans/Exame)

Caito Maia: dono da Chili Beans volta na 5ª temporada do Shark Tank Brasil (Chilli Beans/Exame)

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Carolina Ingizza

Publicado em 10 de agosto de 2020 às 18h39.

Os últimos cinco meses não foram fáceis para a rede de franquias de óculos Chilli Beans. A rede varejista teve um redução significativa no seu faturamento quando precisou fechar a ampla maioria de suas mais de 900 lojas no país por causa da pandemia do novo coronavírus. O e-commerce, que representava apenas 3% das vendas da marca em 2019, cresceu 600% e novas estratégias, como a venda por WhatsApp, entraram em campo. 

Na próxima terça-feira, 11, a empresa lança uma nova iniciativa mensal para alavancar as vendas durante a crise: as lives de e-commerce. Utilizadas por outras empresas que tiveram a venda presencial impactada pelas medidas de isolamento necessárias para controle da pandemia, as transmissões ao vivo ajudam o consumidor a ter uma noção melhor dos produtos. O primeiro evento da rede, chamado de Chilli Beans Live Circus, trará o lançamento da nova coleção do estilista Alexandre Herchcovitch inspirada nos 7 pecados. 

O presidente da companhia, Caito Maia, junto com uma série de famosos, como Isis Valverde, Marco Luque, Denise Savi e Alok, estarão na transmissão. A empresa de tecnologia Corebiz é responsável pelo sistema que integra o e-commerce à plataforma de venda por vídeo, onde os consumidores podem comprar em tempo real os produtos apresentados. 

“Vamos fazer um evento lúdico, circense, contando a história de cada produto”, diz o presidente. Além de movimentar o e-commerce, a companhia espera que as lives incentivem o fluxo de consumidores nas cerca de 650 lojas físicas que foram reabertas. Durante as transmissões, os óculos terão descontos de até 50%, que serão repassados durante sete dias para as lojas físicas da rede. 

A meta é trazer 30% de fluxo adicional para as lojas físicas e aumentar o faturamento do e-commerce em 50%. A rede também espera que a iniciativa ajude a aumentar em 80% a participação dos óculos de grau no faturamento das lojas, famosas pelos óculos de sol. Focar em itens essenciais é uma estratégia para este momento em que os consumidores, afetados pelo desemprego elevado e pela queda na renda, dão preferência a itens de necessidade básica. No total, o faturamento da rede está 19% abaixo do que era no mesmo período de 2019.

A esperança da marca é que a rede retome seu patamar de vendas até o Natal, que é a data comemorativa mais importante do ano para seu faturamento. De acordo com Maia, 80 novas unidades serão abertas até o final do ano. Em 2021, a meta é recuperar o que foi perdido em 2020, abrindo 130 novos pontos de venda. 

O principal desafio para a rede agora, segundo Maia, é proteger os franqueados da crise. Das 900 lojas, 20 fecharam definitivamente por conta da pandemia. Para evitar que outras tenham o mesmo destino, a franqueadora tenta negociar ações junto aos grandes bancos para trazer cerca de 10 a 15 milhões de reais em crédito para suas unidades. “Nosso objetivo é manter a saúde financeira deles, que são bem mais frágeis que a gente”, diz o presidente da rede.

 

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