Negócios

Varejo digital cresce 72,2% no primeiro trimestre e fatura R$ 35,2 bilhões

Dados foram apurados pela Neotrust, consultoria que monitora o varejo digital; variação corresponde ao mesmo período de 2020

Para consultoria, aumento está relacionado à volta das medidas de isolamento social (Getty Images/Getty Images)

Para consultoria, aumento está relacionado à volta das medidas de isolamento social (Getty Images/Getty Images)

KS

Karina Souza

Publicado em 26 de abril de 2021 às 21h38.

Última atualização em 26 de abril de 2021 às 21h44.

O varejo digital faturou R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2021, aumento de 72,2% em relação ao mesmo período do ano passado. A conclusão é da Neotrust, consultoria que monitora o setor, e mostra que a alta está relacionada tanto ao maio volume de compras realizadas no período, quanto ao tíquete médio mais alto do que o registrado no ano passado.

Segundo a consultoria, foram realizadas 78,5 milhões de compras on-line no período (volume 57,4% maior do que o registrado em 2020), com tíquete médio de R$ 447,90, valor 9,4% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior.

Para Fabrício Dantas, CEO da Neotrust, o aumento ainda é consequência da volta das medidas de restrição em diferentes regiões no país, o que contribuiu para impulsionar o hábito pelas compras digitais. "É um movimento global de crescimento do e-commerce, que tem consequências visíveis no Brasil. Desde o começo da pandemia, a internet tem se tornado uma ferramenta importantíssima para as compras, um hábito que deve continuar mesmo após a volta das atividades presenciais", diz.

Varejistas se movimentam para capturar oportunidades

O crescimento do varejo digital e a consequente necessidade de inovação -- agravada pela pandemia -- se reflete de forma clara no varejo brasileiro. Nas últimas semanas, o Magazine Luiza anunciou aquisições como a plataforma digital Jovem Nerd, o site de notícias políticas Poder360 e a compra de startups relacionadas à gestão de restaurantes, o que pode ser visto como uma estratégia para ampliar sua presença on-line e aumentar vendas.

A reboque, vieram outros movimentos de consolidação do setor, como a compra do grupo Uni.Co pela Americanas e, recentemente, o acordo entre Hering e Grupo Soma, dono das marcas Animale, Farm e Maria Filó, que agitou o mercado nesta segunda-feira, com a alta de 26% nos papéis da varejista de moda básica.

A pandemia tem mostrado, cada vez mais, que o mundo digital é o caminho para crescer. Parece que as gigantes do setor começaram a se movimentar com isso -- resta ver qual a fatia que devem conseguir em meio ao crescimento expressivo das compras on-line gerado pela pandemia.

Acompanhe tudo sobre:Comprase-commerceVarejo

Mais de Negócios

A malharia gaúcha que está produzindo 1.000 cobertores por semana — todos para doar

Com novas taxas nos EUA e na mira da União Europeia, montadoras chinesas apostam no Brasil

De funcionária fabril, ela construiu um império de US$ 7,1 bilhões com telas de celular para a Apple

Os motivos que levaram a Polishop a pedir recuperação judicial com dívidas de R$ 352 milhões

Mais na Exame