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EUA pede que China use sua influência para dissuadir Irã de atacar Israel

Em conversa por telefone, o secretário de Estado do país aconselhou seu homólogo chinês a evitar uma escalada da guerra no Oriente Médio

Bombeiros tentam extinguir focos de incêndio no prédio do Consulado do Irã em Damasco  (LOUAI BESHARA/AFP)

Bombeiros tentam extinguir focos de incêndio no prédio do Consulado do Irã em Damasco (LOUAI BESHARA/AFP)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 11 de abril de 2024 às 16h46.

Última atualização em 11 de abril de 2024 às 16h47.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, pediu ao ministro das Relações Exteriores da China e a outros colegas que usem sua influência para dissuadir o Irã de atacar Israel, informou o Departamento de Estado nesta quinta-feira.

Blinken conversou por telefone com seus homólogos chineses, turcos, sauditas e europeus "para deixar claro que a escalada não é do interesse de ninguém e que os países devem instar o Irã a não escalar", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos repórteres.

A informação foi divulgada um dia depois de o presidente americano, Joe Biden, alertar contra as ameaças de Teerã em represália ao bombardeio, atribuído ao Exército israelense, contra o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria, na semana passada. O ataque deixou 11 militares mortos, incluindo um importante comandante da Guarda Revolucionária iraniana, Mohammad Reza Zahedi, líder das Forças Quds — braço do grupo no exterior.

— Nós alertamos o Irã — declarou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em uma coletiva nesta quinta-feira.

Biden prometeu um apoio "firme" à Israel caso o Irã retaliasse Israel. Além de Teerã, os Estados Unidos também alertaram para o risco de um ataque partindo de grupos armados financiados pelo Irã no Oriente Médio no Iraque, Síria, Líbano e Iêmen, o chamado Eixo da Resistência.

Nos últimos dias, Israel reforçou a sua defesa antiaérea e suspendeu as autorizações de descanso para unidades de combate destacadas desde o início da guerra em Gaza contra o grupo terrorista Hamas.

Na quarta-feira, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, voltou a ameaçar publicamente Israel, que não confirmou a sua responsabilidade pelo ataque ao consulado iraniano. Khamenei disse que Israel "deve ser punido e será punido". Dias antes, um dos seus assessores declarou que as embaixadas israelenses "não estão mais seguras".

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, respondeu rapidamente dizendo que "se o Irã atacar a partir do seu território, Israel responderá e atacará o Irã".

Na esteira da retórica inflamada dos últimos dias, a companhia aérea alemã Lufthansa anunciou na quarta-feira a suspensão das conexões em Teerã, devido "à situação atual no Oriente Médio".

A Rússia pediu aos seus cidadãos que evitem viajar para Israel, Líbano e Territórios Palestinos, e apelou aos lados israelense e iraniano pela "moderação" para evitar mais "desestabilização" na região.

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